Um espaço de reflexão dos fatos do cotidiano, tendo Araguari como foco principal de nossas discussões. Uma visão diferente, um ângulo pessoal dos acontecimentos.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
OI: Como ninguém reclama?
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
CONTINUE SONHANDO, ZÉ!
AS DUAS FACES
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
TEMPO DE APRENDER E ENTENDER
Trava-se batalha entre duas personalidades recentes da política na mídia local. O bate-boca começou com a publicação no Twitter de Wellington Salgado da seguinte frase: "Ajudei o Fluminense de Araguari subir com o patrocínio da Rádio Araguari. Agora devem procurar o Rauzinho para ajudá-los, pois ele é o querido." O vereador replicou. Afirmou que ele era o suplente do partido e o que Salgado seria? O bate boca não vai melhorar a situação dos dois, mas está deixando o presidente do Fluminense de Araguari em maus lençóis. O empresário Salgado teria assinado contrato com o Tricolor, onde se compromete a repassar todo mês R$40 mil. Só que depois das eleições, os repasses tem sido feitos com atrasos e quase a custo de "reza". José Antônio, presidente do Fluminense, não sabe onde tirar dinheiro se o ex-senador não cumprir com a sua parte. Lá se vão dois meses e a verba não aparece, o que tem causado muito desconforto entre diretoria e jogadores. O momento não poderia ser pior. A raposa do Bosque acaba de se classificar para a 2ª Divisão do Campeonato Mineiro e precisa de investimentos para reforçar a equipe. O empresário Salgado não poupou o filho de seu padrinho político, Raul Belém. Jogou o vereador nas labaredas, justamente pela votação de ambos nas últimas eleições. Salgado não compreendeu como Raulzinho obteve quase 40 mil votos em Araguari e ele pouco mais de 3 mil, mesmo ajudando o Fluminense de Araguari. O filho de Raul parece mesmo com o pai. Gosta de uma polêmica!
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Nessa mesa nós não somos convidados a sentar e sim obrigados a bancar. Pode ser o PT, o antigo e adesista PFL, ou mesmo o PC do B, o PMDB ou até o PSDB. Todos se acham acima de todos os brasileiros, quando o interesse deles está em jogo Uma elite, em sua maioria eleita pelo povo, com salários bem diferentes do restante daqueles que os elegem. Esses chamados de representantes do povo têm prerrogativas que ninguém possui: calcular, votar e aprovar seus próprios salários. Como num toque de mágica, deputados e senadores reajustaram os seus salários em 149,5%. Ministros, presidente e vice não ficaram de fora da farra do Congresso. Não é novidade, pelo menos por aqui. Na legislatura passada, a Câmara Municipal votou aumento considerável para prefeito, vice, secretários e vereadores, deixando os defasados salários do funcionalismo público sem nenhum reajuste. Hoje o prefeito de Araguari recebe R$14 mil, o vice R$10 mil e vereadores R$7 mil. Para esses reajustes não existem dificuldades financeiras, como é justificado quando o aumento é para a plebe. Basta lembrarmos o problema que se cria quando o assunto é dar reajuste aos aposentados. Como dizia Cazuza: “Não me convidaram para essa festa.”
CIRCUITO DE NATAL
Alguns locais, principalmente prédio públicos, apresentam decoração natalina bem sugestiva, criando aquele clima gostoso, com imagens que nos remetem aos melhores dias de nossa vida, a infância. O grande destaque fica por conta do Palácio dos Ferroviários, sede do governo municipal. Impressionante o realce que a iluminação dá ao prédio que é testemunha de uma fase áurea de nossa cidade. Outros prédios também receberam destaque. Um deles é o da Igreja do Rosário que vale a pena ser visitado. O que mais me chamou atenção mesmo é uma árvore solitária, toda iluminada, num dos canteiros da Avenida Theodolino Pereira de Araguari. A simbologia é forte. Neste trecho recentemente coberto esqueceram-se das árvores. Plantaram centenas de metros quadrados de grama e nem uma muda sequer de qualquer folhagem. Ainda bem que preservaram esse resistente exemplar da natureza que, pelo menos, serve para iluminar, solitária, as nossas noites quentes de Natal.
COMO É QUE FICA?
Os funcionários públicos municipais perguntam: o que farão com a conta aberta na Caixa Econômica Federal? Até o momento, não se sabe o que resultará a pendência entre o Banco do Brasil e a Prefeitura. Será que a Caixa começará a cobrar taxas que ficariam suspensas por um ano? A Prefeitura, que obrigou todos os funcionários a abrirem conta, vai correr atrás na defesa de seus funcionários? Ou deixar o funcionário na decisão da Caixa Federal de cobrar ou não as temidas taxas bancárias?
IFET
Natal, tempo de reflexão, onde avaliamos os passos dados durante o ano todo, o que deixamos de fazer e que poderemos correr atrás em 2011. Envolvido nesse clima amistoso, a coluna faz um “flashback” e vamos aos sonhos não realizados. Um deles seria a instalação do IFET, que na realidade adoçaram a nossa boca com um curso de informática e não se falou mais nisso. Sem tirar a importância de outras cidades da região, Araguari bem que merecia um IFET de verdade. Temos milhares de jovens que precisam de horizontes e de formação técnica eficiente. Sei que o deputado Gilmar Machado tem interesse em materializar o IFET em Araguari. O que não se entende é a morosidade que essa escola provoca na sua implantação, criando uma unidade autônoma e funcionando plenamente em nossa cidade.
REELEIÇÃO
Curioso é o clima que ronda o prefeito Marcos Coelho. Um assessor, no começo do ano, afirmou à coluna que Marcão seria imbatível numa provável recandidatura a prefeito em 2012. Suas obras ficariam vistosas até o final de 2011. Lógico cada lado com um olhar diferente sobre a realidade. Para quem está fora do círculo do poder, a visão é outra. Marcão tem conseguido repaginar as antigas ruas de pedras, melhorando em muito o aspecto urbano, mas sofre desgastes, podemos dizer significativos, quando se trata de saúde, cultura e trânsito. Não se consegue avaliar o que pode acontecer nos próximos dois anos de mandato. A crise na área de saúde da cidade acompanha o cenário nacional. Ao cidadão comum, mais próximo dos problemas, dá-se a impressão que aqui está pior. Fácil solucionar? Nem tanto, nem com soluções criativas, pois o setor exige investimentos vultosos, melhoria salarial para os funcionários e aumento da rede de atendimento. Se Marcão pretende recandidatar-se não pode esquecer que seu caminho passa por ai também.
CARTÃO POSTAL
Viajar faz bem. Areja os pensamentos e nos brinda com realidades diferentes. Cada comunidade com o seu jeito de enfrentar seus problemas. Dias atrás fiz um pequeno tour pelo Nordeste e senti na pele, o grande problema que vamos ter que encarar que é a infra-estrutura aeroportuária das principais cidades brasileiros. Congonhas e Cumbica, os principais aeroportos brasileiros enfrentam problemas de superlotação, vôos atrasados, mesmo o passageiro pagando caro a tal taxa de embarque. E estamos próximos de promovermos uma Copa do Mundo. Não se ilude! Não temos infra-estrutura mesmo. Quando se faz o trajeto Congonhas-Guarulhos, via rodoviária, nota-se o cuidado que a administração paulista oferece ao cidadão. Vias limpas, pistas sem buracos, jardins floridos e gramados aparados. Afinal estamos na maior cidade brasileira, cheirando a primeiro mundo. No final, o viajante leva uma boa impressão da capital paulista. Recife, uma das cidades de meu roteiro, está justamente ao contrário. Uma pena. A capital pernambucana é um dos locais que mais atraem turistas estrangeiros. O que salva em Recife é o aeroporto, um dos mais modernos do país. O trecho da BR101 que cruza a zona urbana dá a impressão que ali aconteceu uma guerra. Prédios em demolição, pistas inacabadas e tomadas pelo mato. Voltando nossos olhos para Araguari notamos que não temos carinho com esse assunto de cartão postal. Uma avenida extensa, que corta grande parte da cidade, que faz a ligação entre três importantes rodovias, não tem merecido o cuidado tão importante para uma boa imagem da cidade. Canteiros invadidos pelo mato, parte deles sem meio-fios, vias com asfalto com péssima conservação e sinalização precária. Quem passa por esse trecho leva uma péssima imagem de nossa cidade. Talvez a mesma que tive de Recife. Triste lembrança que pode ser modificada.
O FATO E A VERSÃO
Correr atrás da versão é só prejuízo. Exemplo disso é uma história, verdadeira, onde ficou flagrante mandos e desmandos e que prejudicou tremendamente a imagem de um médico da rede pública. Exercendo suas prerrogativas, o profissional médico lotado no Pronto Socorro, examinou uma criança na presença dos pais, verificou seu estado de saúde e a encaminhou para o serviço de medicação do pronto socorro. Na prescrição médica, pedia-se a administração de medicamento, via intramuscular. Como é costumeiro, até adultos se debatem para receber uma simples picadinha, imagine leitor, uma criança. Com ela não foi diferente. Abriu um berreiro! A mãe se apavora e sai da sala afirmando ao marido que o médico havia espancado a pequena paciente. O barraco estava armado. Alguns funcionários, assustados com a confusão, chama a Polícia Militar para dar segurança ao local. A viatura chega ao Pronto Socorro, um dos militares ouve a mãe e dá voz de prisão ao médico. Outro barraco dos tantos que ali acontecem. Os policiais queriam levar o funcionário algemado, sem se importar em ouvir a versão do médico envolvido. Todos foram parar na delegacia, onde prestaram depoimentos e a menor encaminhada ao médico legista, na Santa Casa de Misericórdia. A partir do laudo pericial, o delegado encarregado deverá dar o encaminhamento ao caso, levantando o que realmente aconteceu. O episódio nos deixa questionamentos importantes. Será que uma denúncia, num boletim de ocorrência, tem poder de levar alguém preso? Será que um cidadão trabalhador, que exercia sua função com toda a ética e cuidados possíveis, mereceria um tratamento semelhante? Deixo ao critério do leitor o julgamento. A mãe, ainda não satisfeita, procurou uma emissora de rádio, onde novamente tentou difamar o profissional. Sempre questionei esses boletins de ocorrência, onde a Imprensa faz um carnaval em cima de fatos não apurados, ouvindo só um dos lados e repassando à Imprensa. A coluna ouviu testemunhas do fato e abre espaços para se sentir atingido.
RAULZINHO AGORA É RAULZINHO MESMO
O vereador Raul Belém encerra o ano agradecendo ao eleitorado local, fazendo circular um cartão, onde procura explicar a sua não eleição, mesmo conseguindo uma votação recorde na cidade. Afirma também que o ex-presidente Itamar Franco está muito agradecido a Araguari pela votação expressiva, onde Araguari foi a única cidade onde ele conseguiu superar todos os outros concorrentes, inclusive obtendo maior votação do que Aécio Neves. A distribuição do cartão em toda cidade tem um significado interessante. A assessoria de marketing do vereador quer marcar o vereador como Raulzinho Belém, criando personalidade própria. para associações rápidas como o filho do ex-deputado e reforça que o vereador do PV saiu na frente, caso dispute as próximas eleições municipais.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
PROMESSAS
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
PENSANDO GRANDE!
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
ECOLOGICAMENTE CORRETO
ÔNUS DESNECESSÁRIO
A Cemig está implantando o sistema de leitura e emissão instantânea da conta de energia elétrica. Praticamente é a mesma tecnologia usada pela SAE, que vem causando estragos na imagem da atual gestão. São vários os motivos que podem ser creditados ao não funcionamento do “novo modelo” na autarquia municipal. Um deles seria a falta de treinamento do pessoal destacado para tal função. Eu mesmo cheguei a receber contas absurdas, uma delas no valor beirando os R$2 mil. Foram idas e vindas à sede da SAE para ajustar o valor das sucessivas contas, algumas astronômicas, que não refletiam o real consumo da residência. Hoje, nota-se que a tecnologia de emissão de conta da SAE já consegue acompanhar a real situação de cada consumidor. Mesmo assim, o superintendente Eduardo Marra tem sofrido desgastes desnecessários, que culminou com a boataria que afirmava que a SAE seria absorvida pela COPASA. Um ônus desnecessário pela demora em corrigir as distorções.
GARANTINDO-SE!
Quem está cotadíssimo para assumir importante cargo no governo Anastasia é o deputado federal Bonifácio de Andrada, que não conseguiu sua reeleição. O reitor da UNIPAC, figura importante do PSDB, recebe a nomeação como um prêmio à sua contribuição nos mais de 12 anos de governo tucano. Pelos lados de Araguari, dá-se como certa a acomodação de Marcos Alvim em algum cargo no próximo governo estadual. Mesmo com votação abaixo do esperado, Alvim contribuiu para a vitória tucana. Além disso, o ex-prefeito está de “LIP”, licença prevista no Plano de Cargos e Salários, para qualquer funcionário da municipalidade cuidar de sua vida profissional. Segundo fontes palacianas, o prazo de dois anos previsto nessas vantagens vencerá no final desse ano. Portanto, Alvim está liberado para aceitar um provável convite de Anastasia.
DANDO TROCO?
Certas coisas que acontecem por aqui são dignas de um estudo profundo. Fiquei sabendo que o “lixo hospitalar” recolhido separadamente em nossa cidade será, a partir de agora, incinerado. Adivinha onde? Uberlândia. Isso mesmo, caro leitor. Até o mês passado o lixo contaminado deveria ser enterrado, fato que não acontecia no aterro sanitário de nossa cidade. Depois de denúncias que repercutiram na Imprensa de Uberlândia, a empresa está transferindo o trabalho para nossa vizinha cidade. Lembram-se da história de cachorros e mendigos. Isso acontecia nos anos 70. Comentava-se na época que peruas vinham até as proximidades de Araguari e despejavam ora cachorros abandonados ora mendigos. Nem sei se a história é verdadeira. Hoje estamos dando o troco! Ou será que nem lixo conseguimos incinerar?
CASADA OU SOLTEIRA?
A CTBC foi advertida pela ANATEL por manter política de venda casada de produtos de multimídia. A empresa uberlandense, com atuação em Araguari, em nota à imprensa, afirma descaradamente que "não faz venda casada, pois oferece aos consumidores produtos individuais." Na verdade, a nota da CTBC não condiz com as práticas da empresa em nossa cidade. Hoje a TV a cabo, além de fornecer programação de TV, oferta aos consumidores Internet banda larga na área de cobertura. O que acontece é que se o consumidor desejar ter um plano de banda larga pela rede de TV a cabo, ele é obrigado a assinar o pacote básico da operadora, provocado por problemas técnicos, já que a operadora não consegue bloquear os sinais de TV no cabo de Internet. É venda casada ou solteira?
QUEM NAO DEVE...
O que anda agitando os meios políticos da cidade é uma denúncia de suposto desvio de recursos na Secretaria de Saúde. O vereador Sebastião Vieira tem feito pessoalmente visitas aos pacientes que estariam “envolvidos”. Segundo o vereador, um funcionário da secretaria repassava somente o valor da passagem aos pacientes que fazem tratamento de saúde fora do domicílio, retendo as diárias para alimentação e hospedagem. É cedo para tirarmos conclusões. A oposição, que patrocinava o pedido de abertura de uma CLI, Comissão Legislativa de Inquérito, de repente, recebe apoio e assinaturas de todos os vereadores da base governista. Segundo informações, o prefeito compareceu na reunião da Câmara, na última terça-feira e teria liberado a bancada governista a assinar o documento. Isso sinaliza que a administração Coelho sabe que o funcionamento da CLI não respingará em atos de improbidade de seu governo, principalmente na área de saúde. Esconder é que não pode. Outro aspecto que deve ser levado em conta é que CLI em Araguari nunca resultou em punição ou ato semelhante.
REVITALIZAÇÃO
Depois de passar por alguns anos sem nenhum movimento na sua conservação, a Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus da Cana Verde, símbolo importante na constituição de nossa cidade, recebe o que podemos chamar de uma vigorosa maquiagem. Suas cores foram mudadas, seus abandonados jardins repaginados e agora com iluminação, através de “spots” já lhe dá grande destaque nas noites araguarinas. É uma iniciativa de todos os paroquianos e me parece que não envolveu nenhum dinheiro público nessa revitalização. Até a cruz que domina o alto da grande e majestosa cúpula recebeu cor branca definitiva.
Nos primórdios do século XIX, uma pequena capela foi erguida, que foi a semente de nossa cidade. Em 1900, nova construção. Vinte anos depois (foto acima) a igreja ganha novo formato. Por volta de 1942, à igreja ganha novas linhas arquitetônicas que prevaleceu até a sua última reforma, quando ganhou o aspecto atual, enxuto, típico dos novos tempos proporcionados pela Teologia da Libertação, movimento da Igreja Católica, onde muito se destacou Dom Hélder Câmara, que tinha a sua linha mestra “na opção preferencial pelos pobres”.
A atual construção nasceu sobre a estrutura do antigo templo, durante a passagem do inesquecível Padre Nilo Tabuquini pela paróquia. Quem bancou a reforma, como afirmou esta coluna do dia 23 de julho desse ano, foi o banqueiro Sebastião Paes de Almeida. A Igreja Matriz, sem sombra de dúvida, é um dos grandes símbolos arquitetônicos da cidade. Domina, com sua simplicidade de detalhes, o cenário do centro de nossa cidade. Lá se vão quase 200 anos de história guardada nos livros de tombo da paróquia e na memória de muitos. Hoje acontece um recital com a Orquestra de Câmera e Coral do SESIMINAS, que vai inaugurar oficialmente o novo paisagismo, iluminação, as escadas revigoradas e adaptadas, projetadas pelo arquiteto Clayton Carilli. O historiador Genilson Tadeu Neves fez uma fascinante monografia, que retrata dois períodos da história do principal templo católico de Araguari, onde retiramos algumas informações e o Arquivo Público Municipal nos forneceu duas das fotos que ilustram a matéria.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
UNIPAC SE PROFISSIONALIZA
terça-feira, 9 de novembro de 2010
SURPRESAS!
A foto acima nos remete aos anos 70, quando nossa cidade somava 64.190 habitantes. Em 40 anos, o crescimento da população sempre caminhou com taxas baixas, sem grandes sobressaltos. Somente no decorrer da década de 70, Araguari experimentou um crescimento respeitável. Taxa de 2,67% ao ano até estabilizar-se nas décadas seguintes, crescendo perto de 1% ao ano. Observando a foto, ainda resistem na zona central da cidade extensos lotes testemunham nossa resistência ao crescimento imobiliário. Desde aquela época, os meios de comunicações locais questionavam os dados apresentados pelo IBGE. Os números finais do Censo/2010 assustaram meio mundo. O que se percebe é que a população brasileira não cresce a taxas indianas. Em 10 anos, pouco mais de 7% de acréscimo na população do estado. Algo em torno de menos de 1% ao ano. O inconformismo com o número de habitantes, principalmente em nossa região, das cidades que querem mostrar crescimento, foi flagrante. Todas as cidades do Triângulo não alcançaram a projeção feita pelo IBGE em 2009. Nem Uberlândia, que orgulhosamente adora inflar seus números, e muito menos Uberaba que tenta acompanhar, por baixo, o crescimento da rival. As duas maiores cidades do Triângulo sentiram que foram boicotadas pelo IBGE. Esse sentimento tomou conta do Araguari. Não alcançamos os 120 mil habitantes. Ou melhor, ficamos bem longe das previsões otimistas que nos lançavam perigosamente às alturas. Não vejo essa explosão populacional como retrato de crescimento. Não adianta nada a população aumentar se esses números não vierem acompanhados de melhoria da infra-estrutura urbana, com equipamentos públicos funcionando nas áreas de saúde, educação e lazer. Crescer para quê? Criar bolsões de pobreza, quando o governo não consegue acompanhar o aparecimento de bairros e ainda soltar foguetes? Essas chamadas grandes cidades apresentam também setores pobres que graças às mágicas de marketing não aparecem nos noticiários. Plantam em nossas mentes cidades evoluídas, sem problemas, um verdadeiro paraíso na terra. Que grande bobagem! Os números são frios e dão a dimensão correta de cada cidade. Uberlândia, com algum esforço, ultrapassa a marca de 600 mil habitantes. Uberaba consiga chegar nos 290 mil. Uma cidade que surpreende é Araxá. No Censo de 2001, a cidade de Dona Beja contava com 78.997 habitantes. Hoje, nos dados publicados pelo IBGE, a cidade das águas medicinais alcança 93.071 habitantes. Um belo crescimento! Na região, as cidades pequenas continuam com crescimento pífio e uma delas, Romaria, perdeu habitantes. Esses dados, tão questionados, servem para a distribuição do Fundo de Participação dos Municipíos e por isso viram instrumentos políticos. Mais habitantes, mais verbas governamentais. No fundo, esse crescimento estatístico depõe contra as administrações que querem números populacionais altos. O que adianta números brilhantes e baixa qualidade de vida?
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
NO LUGAR CERTO
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
GO BACK
Justino de Carvalho Neto, o Tininho, empresário araguarino radicado no Rio de Janeiro, faz sua "reentré" no reduzido clube de políticos araguarinos. Afastou-se da política local, depois de conseguir maciça votação, quase lhe permitindo eleição em 2006, quando somou 45.567 votos. Na última sexta-feira, dia 28, Tininho concedeu entrevista a Luiz Humberto Borges, na Rádio Araguari. No começo, muito ameno, Justino de Carvalho engrossou quando foi perguntado sobre a mudança do nome de um trecho da avenida que leva o nome de seu avô. Não poupou palavras para classificar os vereadores que apoiaram a iniciativa de autoria de Luiz Porcão, permitindo a mudança da até então extensa avenida Theodoreto de Carvalho, que recebeu no trecho da ponte do córrego Brejo Alegre até a Avenida Minas Gerais, nova denominação. Segundo pessoas próximas, Justino deve voltar seu domicilio eleitoral para Araguari. Uma tentativa de mudar de partido, para tentar viabilizar sua eleição, foi desastrada, quando sentiu as portas se fecharem, obrigando-o a desistir de concorrer nas últimas eleições. Com essa primeira manifestação, Justino coloca-se como pré-candidato à Prefeitura de Araguari. Muitos acharam prematuro pelo tempo, dois anos, para o final de mandato do atual prefeito. O cenário das próximas eleições começa a ser desenhado. A lei da ficha limpa pode retirar dois nomes potenciais da corrida rumo ao Palácio dos Ferroviários, mudando totalmente a história repetitiva das eleições locais, quando o efeito Mãe Preta foi o norte das campanhas e nas próximas eleições municipais, Marcos Alvim pode encontrar dificuldades para registrar sua candidatura. O leitor pode ter a certeza que os atores desse quadro que estamos desenhando para 2012, obrigarão novas composições no confuso cenário político local, forçando o aparecimento de nomes até surpreendentes. Por enquanto, é aguardar. Pelo menos, Justino conseguiu injetar um pouco de oxigênio no marasmo e na ressaca dos recentes resultados, que ainda estão sendo digeridos pelos comitês eleitorias locais.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
LULA VENCE. DILMA PRESIDENTE!
Não houve supresas! Dilma leva a eleição presidencial. Não foi tão fácil como os petistas achavam. Na região centro sul, José Serra vence na maioria dos estados, enquanto que Dilma venceu com folga na região Nordeste. Em Minas Gerais, mesmo com todo o esforço de Aécio Neves, a vitória de Dilma foi folgada. Dilma conseguiu no estado 58,45% contra 41,55% de Serra dos votos válidos. Em Araguari, a votação percentual de Dilma não acompanhou a diferença verificada em outras cidades. Aqui a vitoria de Dilma foi mais apertada, dando-lhe uma diferença de 10,74%. Pelo menos nas grandes cidades do Triângulo e Alto Paranaíba, Dilma conseguiu acachapante vitória, menos em Patos de Minas, onde Serra voltou a vencer. Outro dado a ser avaliado é a pouca influência do ex-governador mineiro nos resultados. Aécio não conseguiu virar a eleição em Minas Gerais. Nota-se que em todas as cidades, vizinhas ao estado de São Paulo, principal reduto de Serra, acompanharam a votação paulista, dando a candidato do PSDB vitória sobre a candidata petista. É a aplicação da afirmação de Guimarães Rosa que "Minas são muitas". Temos as Minas nordestina, carioca, paulista e a central que é uma mistura de todas. A abstenção volta a surpreender. Em Araguari 19,5% dos 83.308 eleitores não compareceram às urnas, 2,16% não votaram em ninguém e 3,91% preferiram anular seus votos. Vamos torcer por Dilma! Que ela lance seus olhos também para classe média, tão sofrida pela alta carga tributária do país e praticamente mais contribuinte do que usuária dos serviços públicos.
sábado, 30 de outubro de 2010
O MEC deve ter enviado à UNIPAC relatório contendo as diretrizes que determinarão os rumos para colocar o curso de medicina da instituição dentro dos parâmetros governamentais. Todos os boatos possíveis circularam nos meios acadêmicos, mas nada vazou até o momento sobre o relatório assinado pelo ex-ministro da Saúde Adib Jatene. Correu até um boato maldoso da possível transferência do curso para Uberlândia. Por enquanto é aguardar pronunciamento da UNIPAC e torcer para que o curso consiga cumprir as determinações federais.
RECURSOS PARA O TURISMO
Prefeitura consegue aprovação ao projeto que cria o FUMTUR, Fundo Municipal de Turismo, cujo objetivo é captar recursos para fomentar essa importante área. Araguari é privilegiada. Temos ainda dezenas de prédios históricos, projetos interessantes que mal saíram das intenções e gavetas. É a velha retórica “da teoria a prática”. Nossas cachoeiras, cantadas nas páginas da Internet e dos jornais, continuam lá precisando de apoio para torná-las realmente pontos de visitação turística. O projeto de Alvim criando o Passeio Ferroviário não passou dos discursos. Só agora a prefeitura dá importância ao prédio da velha Stevenson e resolve colocá-lo na prática, graças à visão da secretária de Planejamento, Tereza Grieb. A casa onde morou o introdutor da raça zebuína no Brasil continua desafiando as administrações e deve ser a residência mais antiga de Araguari. O prédio da CEMIG também entrou no rol do “oba oba” dos discursos de nossos representantes. O que se pode concluir com o FUMTUR é que o governo Marcão pensa no assunto e isso é um bom sinal.
NOVAS LIDERANÇAS, NOVOS GRUPOS?
Raul Belém, o filho, pode estar incluído em importante secretaria do governo Anastasia. É o que ficamos sabendo. O vereador, com excelente votação, começa a se projetar politicamente. Não logrou êxito na sua pretensão de eleger-se, mas deu um passo importante na direção de um novo projeto político para Araguari. Nossos grupos políticos têm vida efêmera. Nada dura além de uma eleição, causando estragos na viabilidade política da cidade. Fácil citar. Mãe Preta conseguiu unir um grupo de partidos na sua eleição para prefeito, nos anos 80, e no final o que virou foi um projeto pessoal. Parte dos seus apoiadores de campanha o abandonaram ou foram escorraçados do governo. Milton Lima, Fausto Fernandes de Melo e Miguel de Oliveira, sem desmerecê-los, não deixaram herdeiros e nem seguidores políticos. Marcos Alvim ainda tem um tempo para provar sua sobrevivência política, ou melhor, sobrevida. Depois dessa inesperada derrota, Alvim vai depender de Anastasia, pois o grupo que o elegeu, na primeira disputa, esfacelou-se e Alvim ainda conseguiu unir um pouco deles nessa frustrada campanha eleitoral. O grupo de Marcos Coelho, não consegue ser uma unanimidade. Seu governo é composto de várias frentes e partidos que não conseguem falar a mesma língua. Dentro do PMDB, partido do prefeito, existem correntes que não o apóia. Mas é o grupo da situação, que conta com Jubão, como possível nome nas próximas eleições, se Marcão não tentar a reeleição. Fala-se também em Werley Macedo, que tem ambições políticas e já trabalha de olho na prefeitura em 2012. Na prática, o que sobra são nomes que se tornam isolados e que num momento estão de um lado e em outro tempo até abraçados com adversários. Coisas da política.
AUTOESTIMA
Alguns leitores da coluna não concordaram com a afirmação feita na coluna, semana passada, que Marcão gosta de asfalto. A forma colocada é que talvez provocou o entendimento. Na realidade, o prefeito terá seu lugar na história como o governante que mais asfaltou ruas e avenidas, desde Milton Lemos, no começo dos anos 70. Outro título que dificilmente Marcão perderá é o de maior incentivador para construção de moradias populares. Abriu as portas da prefeitura facilitando de todas as maneiras legais, a expansão de conjuntos habitacionais, através do programa Minha Casa, Minha Vida. Marcão pode também deixar seu nome para a posteridade. Faltam dois anos para o término de seu mandato e se conseguir recuperar a autoestima do araguarino será um marco importante no seu currículo.
A ALMA DO NEGÓCIO
Uma das propagandas eleitorais que muito me sensibilizou foi a de uma menina tocando o Hino Nacional na flauta. Linda imagem, lindos sorrisos de um povo ordeiro e feliz. Quero ver alguém tocar flauta na porta de uma delegacia ou pronto-socorro! Os marqueteiros apelam para essas imagens de uma gente feliz, que não condiz com a crua realidade do nosso cotidiano. O que precisamos é refletir mais sobre o que querem nos empurrar goela abaixo. Não aceitar as coisas como já acabadas e definidas. Reflita, avalie pela razão. Emoção é bom só para matar o sujeito com um enfarto.
QUASE UM BEIJO
Não morro de amores a nenhum dos candidatos que disputam amanhã o privilégio de conduzir o país por mais 4 anos. Só sei que 2ª feira, vença quem for, estaremos trabalhando normalmente. Não vou comemorar como já comemorei no passado. Perdi a ilusão das “bondades” das chamadas lideranças que se acham predestinadas a super-heróis e candidatos a santo. Trabalhar e trabalhar, matar um leão por dia, pagar impostos que não retornam. Não uso o sistema público de saúde, nem posso contar com segurança pública, muito menos escolas públicas, salvando-se somente as universidade federais. No fritar dos ovos pouco dependemos do estado. Temos motivos demais para ficarmos indiferentes ao que pode acontecer com a eleição de Serra ou da Dilma. Tenho a certeza que os meus e os seus problemas continuarão. Alarmes, cercas elétricas, seguros de vida, se puder um bom plano de saúde que também não anda resolvendo na hora do aperto. Contar com os serviços públicos, que são financiados por nós, nem pensar. Vou votar por obrigação. Escolher o menos ruim. Não é questão de ser contra ou a favor e sim de pensarmos em nós, cidadãos. Ponto final.
Os funcionários públicos municipais não conseguem aumentos, vale-alimentação e nem plano de saúde, mas arrumam com facilidade "folgas" mais que carnavalescas. As repartições públicas municipais encerraram seus expedientes na quinta feira e só serão reabertos na quarta-feira. Trata-se da comemoração do dia do servidor público, que foi transferida para sexta-feira, dia 28. Para a população que precisa dos serviços públicos nada pior que essa folga espichada. Isso não é mérito do serviço público local. Praticamente, em todas as esferas dos poderes, tornou-se praxe esses pequenos recessos. Ainda bem que a iniciativa privada consegue bancar essa máquina emperrada, através da alta carga tributária que pagamos.
NO TEMPO DAS GABIROBAS
Num press-release da prefeitura, uma informação preocupante. Diz um assessor que a “Secretaria de Meio Ambiente realizará um mutirão com os funcionários para transplantar 5 mil mudas de eucalipto, as mudas vão ser plantadas para arborização do cerrado”. Assustei-me com a informação. É sabido que o eucalipto é uma planta originária da Austrália e que ela exerce uma função deletéria principalmente nos cerrados. Prefiro acreditar que houve um engano na elaboração da matéria. Hoje, o que vemos é a destruição sem trégua dos remanescentes do cerrado em nossa região. O ideal seria a recomposição das áreas de cerrado com espécies originais.
ROMPIDOS
Marcão vai completando 2 anos de governo e sente na pele o rompimento de importante aliança que o ajudou a conduzí-lo ao Palácio dos Ferroviários. Nas eleições passadas, o então senador Wellington Salgado entrou com todo o seu poder de fogo nas comunicações, rádio e TV, para ajudar seu correligionário. Marcão, pelo contexto apresentado, levou fácil a eleição municipal. Depois do resultado do primeiro turno das eleições, as relações foram oficialmente rompidas, quando Marcão foi pessoalmente à Rádio Araguari reclamar de uma reportagem sobre sua administração. Como a direção da emissora não acatou o pedido do prefeito, Marcão instruiu seu gabinete de Imprensa para romper o contrato de publicidade com a emissora de Salgado. A causa do rompimento: o fraco desempenho eleitoral de Wellington Salgado na cidade. O ex-senador acha que não contou com empenho do governo municipal, que ajudou a eleger. Com um veículo de comunicação forte nas mãos, Salgado só permite participação de membros do governo municipal na Rádio Araguari, através de burocráticos ofícios. Marcão ainda conta com veículos de comunicação favoráveis ao seu governo, mas perde muito na mídia rádio, com o afastamento da Rádio Araguari do seu projeto político.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
E O NOSSO CINEMA?
A reforma do chamado Teatro Municipal se arrasta inexplicavelmente desde a posse do prefeito Marcos Coelho. O que se nota, segundo comentário apimentado de um ativista cultural, é que Marcão não é chegado a essas coisas. O prefeito gosta mesmo é de asfalto e pronto. O resto é pura decoração. Cheguei a visitar, no começo do ano, as obras de recuperação do antigo Cinerama/Ritz. A sala é espaçosa, mas não apropriada para apresentações teatrais. As adaptações que estão sendo feitas, exigem recursos que a prefeitura não disponibiliza. Investimentos em iluminação e som, melhoria da ventilação, poltronas mais confortáveis e por final o cinema tão desejado pela população. É a oportunidade de ouro que o prefeito tem nas mãos para se redimir com parte da população araguarina. Imagina o prefeito conseguir implantar o cinema novamente? Vai melhorar muito a sua popularidade e proporcionar ao sofrido araguarino a oportunidade de não se deslocar a Uberlândia para assistir aos lançamentos cinematográficos.
PONTO DE VISTA
O ex-vereador Sebastião Donizete, o legítimo, publicou recentemente matéria paga na Gazeta, quando fez um balanço da votação em nossa cidade dos candidatos a deputado federal. Na opinião dele, a assessoria do vereador Raul José teria ludibriado a população, quando passou informações que induziram o eleitorado sobre as reais possibilidades de eleições do vereador do PV. Donizete afirma que o candidato Pastori seria o único que reunia condições para uma eleição tranqüila. Matematicamente era possível. Porque o eleitorado concentrou seus votos em Raul José? Simples. O candidato não apresentou nenhum impedimento na visão da nova Lei da Ficha Limpa ou Suja, como queiram. Com a mídia batendo insistentemente no assunto, a situação de Pastori complicou. O eleitor, normalmente, não quer “perder” o seu voto. E ai Pastori “dançou”. Respeito a opinião do ex-vereador e imagino que o eleitorado deve ser respeitado nas suas decisões, consoantes ou não com as nossas.
FANTASIA
A sociedade tem acompanhado o caso de um jovem que levou uma adolescente de 17 anos, possivelmente sob efeito de substância entorpecente, para um motel, abandonando-a horas depois. É o retrato bem fiel das mudanças comportamentais que passa a sociedade brasileira. Acusações de todos os lados, o que prevalece é falta de controle dos pais na vida de filhos menores. Julgar os fatos à distância é até cômodo. Sou daquele tempo que “as meninas” tinham que estar em casa até as 10 da noite. Festas somente acompanhadas de um responsável. Hoje a moçada parte para as baladas regadas a muito álcool, para não falarmos em droga. Imagina uma festa desta, chamada de balada, sem álcool? Rolaria? Podemos discutir aqui também a facilidade que os nossos jovens encontram para consumir álcool, através de batidas adocicadas misturadas com vodka? Não é o caso que quando envelhecemos ficamos caretas. Os pais, querendo acompanhar a modernidade, entregam seus filhos a quem? Talvez à vigilância de um telefone celular que não quer dizer nada. A sociedade é muito influenciada por atos dos grupos que vivem. Somos imitativos e os tempos modernos foram cruéis com as festinhas familiares. Pagamos um preço demasiado caro para acompanhar as mudanças que mais provocam desastres do que felicidade. Hoje, infelizmente, deixamos a educação dos nossos filhos para a rua, para os “orkuts”, tão comum nos computadores de nossos filhos.
EM BOCA FECHADA...
Pior que a dengue não pode ser, mas incomoda demais. Esses pequenos mosquitos, muito comuns no verão úmido, dessa vez vieram com força total. Milhares deles ficam nos infernizando o dia todo. E aquele velho ditado popular que diz que em boca fechada não entra mosquito é muito eficaz e literal. Rondam preferencialmente nossas bocas e a qualquer descuido, invadem-nas sem a menor cerimônia. Esses mosquitos sempre aparecem nessa época, mas nesse ano parece que perderam o controle e são milhares pela cidade. O pior é que são quase invisíveis e só os percebemos quando invadem a nossa cavidade oral. Melhor mesmo é ficar com a boca fechada.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
RESPONSABILIDADE
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
O SONHO NAO ACABOU
Mais uma segunda feira pós-eleição somando-se a tantas outras parecidas. Parece um lugar comum, mas não. Acordamos ressaqueados pelos números insuficientes de nossos candidatos. Não fizeram feio. A conclusão a que chegamos é muito simples: não temos eleitorado suficiente para conseguirmos materializar cidadãos araguarinos para representação política própria. Ainda não podemos contar com nomes que tenham ou exerçam influências fora de nossas fronteiras. Acredito que foi um belo exemplo de cidadania. Estamos amadurecendo mesmo. A votação conseguida por Raul José, que chegou a surpreender alguns analistas, demonstra um fato inequívoco. Grande parte do eleitorado já é consciente da necessidade de votarmos em candidatos que tenham base eleitoral em nossa cidade. A percentagem conseguida por Rauzinho, 66,99% dos votos válidos para a Câmara Federal, é inédita na história de Araguari. Nunca um candidato a federal levantou tantos votos por aqui. Nem o seu pai, que conseguiu três eleições a federal, saiu de Araguari com tamanha votação. Outra constatação é, sem dúvida, o número de votos para candidatos de outras regiões. A fuga foi pequena, talvez provocada pelo bairrismo, ou mesmo pela figura acima das paixões e partidos proporcionada por Raul José de Belém. Rauzinho navegou por todos os mares, com uma tranqüilidade avassaladora. Parece que está se moldando uma nova liderança política, sem arestas e carismática.
Quem se interessou pelos resultados da eleição em Araguari, teve a oportunidade de acompanhar a cobertura que as rádios AM da cidade conseguiram, no último domingo. Falo especialmente da Rádio Araguari/Vitoriosa que foi brilhante no último domingo. Toda a equipe foi mobilizada durante o período de votação, culminando com o fechamento das urnas e a divulgação dos primeiros resultados. Mesmo sem a mesma emoção dos tempos que a contagem dos votos era manual e chegava a durar até três dias, as emissoras locais conseguiram dar um pouco de emoção aos números divulgados rapidamente pelos computadores da Justiça Eleitoral. A foto acima mostra os recursos modernos que a Rádio Araguari possui. Computadores, estúdio climatizado, várias linhas telefônicas e o fator principal para que isso funcione adequadamente: o ser humano. Como tudo mudou! Lembro-me das antigas coberturas, quando as emissoras instalavam estúdios ambulantes no Fórum Oswaldo Pieruccetti e nos últimos tempos no Ginásio Poliesportivo. Participei de muitas dessas coberturas. A emoção durava dias, com muitas incertezas, cabos eleitorais e muitos curiosos. Não que eu seja saudosista de um tempo, onde até possibilidade de fraudes era muito maior e as transmissões carregadas de romantismo. Hoje é tudo tão rápido e quase sem emoção. Rapidamente já temos idéia do que vai acontecer e com isso sofremos mais rápido. Não dá tempo para o chope gelar.
QUEM AJUDOU?
Araguari conseguiu uma façanha. Praticamente todo o seu eleitorado concentrou seus votos em candidatos com base na cidade. Mas isso não foi produtivo. Nosso colégio eleitoral ainda é pequeno, para eleger sozinho candidatos à Assembléia e à Câmara Federal. Um exemplo disso é a votação de Marcos Montes em Uberaba. Foi menos votado na sua base do que Rauzinho aqui. O ex-prefeito de Uberaba chegou aos 39 mil votos. O resto conseguiu fora de Uberaba. Outro grande problema foi a escolha e promessas que Rauzinho teria. O PV exigiu uma legenda altíssima, difícil para um candidato sem dinheiro e com base eleitoral do tamanho de Araguari e neófito em eleições fora do município. Nem o apoio do senador eleito Itamar Franco sensibilizou eleitores de outras regiões. Se é que Itamar fez alguma coisa. Muito foi comentado a respeito da amizade de Rauzinho com o candidato a governador do partido e que isso poderia render-lhe votos fora de Araguari. No fundo, mostrou o lado cruel dos políticos, que só pensam em si.
AMARRAÇÕES
Mesmo Araguari não elegendo ninguém, o prefeito Marcos Coelho, amarrado por uma decisão do PMDB, teve que se abraçar com o ex-senador Wellington Salgado. Pelos menos nas placas publicitárias. Mas isso não foi o suficiente para Salgado. A votação do proprietário da Rede Vitoriosa/Unitri não chegou a 1.400 votos na cidade, ao contrário de Ituiutaba, onde levantou perto de 10 mil votos. Na finalização, em todo o estado, Wellington emplacou 50.169 votos. Quase levou. Na cidade natal de Jubão, Caeté, onde assessores de Salgado esperavam modesta votação, o ex-senador conseguiu um único e mísero voto, enquanto que Jubão foi o terceiro mais votado com 3.458 votos.
INTERNET COMEÇA A INFLUENCIAR
Isso mesmo! Apesar de não contar com número grande de assinantes, a Internet fez um estrago bem grande na campanha de Dilma Roussef. Os analistas atribuem aos e-mails que circularam insistentemente sobre a declaração da petista que teria declarado que "nem Jesus Cristo faria perder a eleição" e a mais contundente é sua posição a respeito do aborto. Eu mesmo recebi um monte contra Dilma. Cada um mais agressivo sobre o passado da candidata petista. Ontem o PT entrou com pedido de direito de resposta na REDE CANÇÃO NOVA, quando um religioso teria aconselhado aos espectadores a não votar em Dilma. O discurso de Dilma mudou. Basta assistir ao seu programa eleitoral. José Serra virou “verde” e está prometendo reajustes para aposentados e um salário mínimo de R$600,00. O que uma eleição não faz?
FRONTEIRAS
Nossos candidatos fizeram todo tipo de cálculo para poderem ter alguma chance de eleição, Marcos Alvim que era do PSDB abrigou-se no PHS, esperando uma eleição fácil numa casa de 30.000 votos. Na realidade, a votação exigida foi muito maior que o cálculo, perto de 38.419, o último colocado da coligação PHS/PTN. Alvim obteve 28.783 votos, insuficientes para sonhar com uma vaga na assembléia. A história de Jubão também é semelhante. Mesmo obtendo perto de 35 mil votos, o vice-prefeito ficou longe do último colocado eleito de sua coligação, derrubando teorias e cálculos de assessores otimistas. O jeito é encarar a realidade e sair de nossas fronteiras.
O QUE FALTOU A JÚBERSON
O vice-prefeito conseguiu boa votação na cidade. Poderia ter sido melhor. Com mais de 3.102 votos poderia ter garantido um lugarzinho na assembléia mineiro, embolsar quase R$13 mil reais mais jetons de R$600,00 por cada sessão extraordinária, auxílio moradia R$2.300,00, além de nomear assessores e ter uma verba de R$20 mil mensais para custear escritório político na sua base eleitoral. Onde será que Júberson poderia ter juntado mais eleitores e caminhado firme para a vitória? Na sua cidade natal, notou-se divisão do eleitorado. Em Araguari, uma classe que vota unida é a do funcionalismo público municipal. Quem não se lembra da votação do vereador Tiãozinho? Mais de 3 mil votos, a maior parte oriunda dos funcionários públicos municipais. O governo Marcão não tem entre suas prioridades a melhoria do defasado salário da categoria que comanda. Já vão se passando mais de seis anos do Plano de Cargos e Salários, não se moveu uma palha no sentido de pelos menos, reposição das perdas provocadas pela inflação. Um prometido vale-alimentação ou refeição está pendente desde o início do governo Marcão. Plano de saúde que fez água, justamente no período pré-eleitoral. Isso tem causado descontentamento e lógico, aversão ao projeto de governo do atual grupo. Para as próximas eleições, melhor repensar esse tratamento nada especial dado aos mais de 2.000 funcionários, que podem gerar perto de 8.000 votos. Estariam aí os votos necessários à eleição de Jubão?
APOIO SE RECEBE OU SE DECLINA?
Marcos Alvim, em último momento, recebeu apoio do ex-prefeito Mãe Preta. Dizem os especialistas que o apoio pode ter sido o motivo da baixa votação do ex-prefeito na cidade. Justamente pelas ações judiciais que Mãe Preta patrocinou, quando Alvim foi prefeito, causou certa confusão na cabeça do eleitor. Numa delas, Alvim ficou afastado pela Justiça, durante uma semana. De repente, recebe o apoio de seu maior inimigo político. E agora, como fica? Coerência?
domingo, 3 de outubro de 2010
HOJE É O DIA
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Clima quente! Nos comitês, a temperatura subiu. De olho nas pesquisas, todas oficiosas, estrategistas debruçam sobre os gráficos e muitos não estão entendendo o que está ocorrendo com a dança dos números. Pelas previsões mais otimistas, possivelmente podemos eleger um estadual. Os cenários das duas principais campanhas não casam. Dependendo da pesquisa, muda-se o líder. Recomenda-se, nesse momento, juízo e boca fechada. Dessa vez, pesquisa não vai definir o campeão. O universo é muito maior que as fronteiras de Araguari. Quem consegue acesso aos verdadeiros números das pesquisas afirma que a eleição está apertada e que os dois candidatos vão depender da votação em todo o estado. Ninguém sairá eleito de Araguari. Só resta esperar a leitura dos disquetes, no domingo. Quem realmente está tirando o sono de muitos estrategistas locais é o candidato Raul Belém, para a Câmara Federal. Em todas as pesquisas, ele lidera com folga a preferência do eleitorado local. Ninguém deles esperava uma perfomance tão vistosa nas pesquisas. Algumas campanhas estão sendo revistas e pouca coisa resta a fazer. Traições de última hora têm decepcionado o comitê de um candidato, que não contava com tamanha infidelidade. Dizem que na próxima segunda-feira, vai chover chumbo na cidade. Esse cenário local nunca foi tão favorável para a cidade reconquistar seu espaço na vida política brasileira. O grosso do eleitorado está muito firme em votar em candidatos residentes na cidade. Será que as classes política e empresarial receberão uma lição do eleitorado?
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
O momento exige reflexão. Araguari torna-se terra de ninguém. Mesmo possuindo um quadro favorável para possíveis eleições de candidatos da terra para a Câmara Federal, muitos empresários que podemos chamar de formadores de opinião, como já comentamos aqui, preferiram embarcar em outras candidaturas. São outros projetos, outras cidades. Nessa altura do campeonato, não consigo entender até a exposição de nomes em panfletos, que pessoas que se acreditavam "araguarinos acima de tudo" tomassem esses rumos. Pelo menos não agem nos bastidores. Menos mal. O momento da cidade é agora. Na segunda feira próxima, começaremos a lamentar novamente. Apontar responsáveis ficou fácil. A maior parte do eleitorado da cidade tem muito mais consciencia que muita liderança, que se traveste de araguarino. Sempre reclamávamos da quantidade exagerada de candidatos. Dessa vez, não tem desculpa!
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
UTI
Impressionante, nesta semana, a distribuição de panfletos dos candidatos a deputado federal de outras cidades. Segundo um dos que circularam, um candidato afirma que viabilizou todas as obras do governo do estado em Araguari. Marlos Fernandes que o diga. O folheto esqueceu de atribuir ao ex-vice prefeito que é o “pai verdadeiro” de grande parte das verbas, produtos de seu curto mandato na assembléia mineira e suas emendas no Orçamento. Se formos somar todas as verbas conseguidas nos diversos folhetins que circulam, Araguari deveria ser o 7º Céu, ou o Paraíso. O dinheiro que foi investido na papelada, distribuída na cidade, fazem corar de vergonha os três candidatos locais. Raulzinho, Pastori e Aurívio devem estar preocupados com essa avalanche,ou melhor, um tsunami de papéis querendo conquistar o eleitorado sem pai e nem mãe de Araguari. Os invasores esperam fazer a festa aqui no próximo dia 3, principalmente depois que muitos dos candidatos pára-quedistas conseguiram a adesão de empresários e formadores de opinião, com direito a foto, cartas abertas e depoimento de muitos deles. Pior nisso tudo é que tem candidato circulando por aqui que não tem o que falar. Mesmo assim leva daqui quase mil votos. O araguarino, que ama a cidade de verdade, tem que apostar em nomes locais. Gostando ou não. É necessário criarmos um projeto político em longo prazo para Araguari do século XXI. Não se admite mais ficarmos amarrados a políticos de outras terras, que dão suas caras por aqui nesse período pré-eleitoral e depois beijinho , beijinho...
BOSQUE JOHN KENNEDY
O Dia da árvore praticamente passou em branco. Deveria ser um dia de muita discussão sobre o nosso presente e futuro. Hoje, o que me preocupa é a passividade de quem deveria ter a responsabilidade de manutenção do Bosque John Kennedy. Se o leitor observar a centenária mata, que nos enche de orgulho até hoje, vai notar muitas falhas na antes compacta floresta. O bosque envelheceu. Grandes clareiras já são notadas no seu interior. Por falta de manejo correto, durante dezenas de anos, a mata não foi se renovando. Segundo dados do Arquivo Municipal, a mata foi demarcada e através da lei nº 73 de 03 de novembro de 1889 e o agente executivo ficou responsável pela fiscalização e conservação dessa imponente reserva florestal. Dizem os mais antigos que, aquela região, que hoje conhecemos como bairro do Bosque era mata fechada até nas margens do então saudável Córrego Brejo Alegre. O médico e político Adalcindo de Amorim, no seu livro Rumo a Terra, narra poeticamente os sentimentos que ele nutria pela exuberante mata: “Aquele parque ensombrado é primorosa homenagem à poesia! Refúgio dos deprimidos, refrigério para os que se extenuam na luta cotidiana, bálsamo para o corpo e para o espírito (...) O Bosque regurgita de belezas para as crianças. Dá sombra e ternura para juventude. E, quando ouve os passos da velhice, mostra como envelhecem as velhas árvores”. E é disso mesmo que estamos falando. A velhice bate à sua porta e prenuncia um agonizante fim, se medidas salvadoras não forem tomadas. A foto acima retrata a portaria do então Parque Siqueira Campos, que ainda está registrado na mente dos mais antigos.