segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

AS DUAS FACES





"QUER AUMENTO?

Vereadores de oposição acusam duramente o Prefeito Marcos Coelho de não ter concedido aumento salarial para o funcionalismo municipal. É discurso fácil, de repercussão certa, pois dinheiro todo mundo quer. Mas a verdade vem serena, devagar, para assentar que o atual Governo Municipal já concedeu reajuste salarial ditado pelo aumento do salário mínimo por duas vezes, em 2009 e 2010. Logo em janeiro vem mais."


O Correio de Araguari publica na coluna Em Foco, pequena matéria, onde tenta justificar a imobilismo salarial dado aos funcionários públicos municipais. Lógico que todas as carreiras da prefeitura precisam de recomposição salarial. As perdas inflacionárias cinicamente vêm acompanhadas pelos reajustes obrigatórios do governo federal. Não porque Marcão queira aumentá-los. Ele acha, segundo deixa transparecer a coluna, que o aumento do mínimo deixa o funcionalismo satisfeito. Que visão obtusa e carente. Certas categorias que ganhavam acima do mínimo, de repente, passaram receber o piso nacional. Pelo menos, estes estão protegidos pela lei. Eu não entendo também a razão do sindicato dos funcionários não promover nenhum movimento buscando aumento ou simplesmente a recomposição das perdas inflacionárias. Dizem que o sindicato não pode reinvindicar. Então prá que serve o sindicato? Para as elites políticas locais, o aumento veio na passagem de mandato. Garantiu-se o deles: prefeito, vice, secretários e vereadores. Marcão prometeu ao funcionalismo, antes das eleições, reajuste salarial, plano de saúde, vale-alimentação. As carreiras de nível superior, na prefeitura, têm base salarial de R$850,00. Isso mesmo! Para médicos, engenheiros, psicólogos, dentistas, advogados inventaram uma produtividade que melhorou o salário, na época de Milton Lima. O jornal reflete as posições do Palácio dos Ferroviários. Devido a isso, todas as categorias estão preocupadas. Desde a gestão de oito anos de Marcos Alvim, o funcionalismo recebeu um reajuste de quase 15%, para recuperar as perdas do desastrado governo Milton Lima. Depois elaborou-se o Plano de Cargos e Salários que prometeu e cometeu muitas injustiças. Até hoje, ninguém consegue fazer o plano valer em sua totalidade. Diz um assessor que Coelho pensa em reeleição. Os desgates do atual governo não se situam somente entre os seus funcionários. Se Marcão perceber, e tenho a certeza que isso ele já "sacou", seu apoio derrete-se, tanto em sua base original como naqueles que acreditaram em seu projeto político.

Um comentário:

  1. Ronaldo,
    Concordo plenamente com seu texto. A coluna "Em Foco" do Correio, promove constantemente comentários que provocam o funcionalismo. Existe, como você próprio já citou, uma tentativa de desvalorizar o servidor.
    Minha categoria, a de agente de endemias é uma das vítimas das promessas de Marcão e "Prometheus", que nada cumpriram e conseguiram piorar nosso salário e condições de trabalho. O abismo entre nós e os gestores é imenso, beirando a raiva e o desgaste, graças á falta de trato com o funcionalismo.
    creio que para Marcão e Jubão já seja tarde....memso que eles consigam "sacar" alguma coisa.

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