quinta-feira, 30 de setembro de 2010



Clima quente! Nos comitês, a temperatura subiu. De olho nas pesquisas, todas oficiosas, estrategistas debruçam sobre os gráficos e muitos não estão entendendo o que está ocorrendo com a dança dos números. Pelas previsões mais otimistas, possivelmente podemos eleger um estadual. Os cenários das duas principais campanhas não casam. Dependendo da pesquisa, muda-se o líder. Recomenda-se, nesse momento, juízo e boca fechada. Dessa vez, pesquisa não vai definir o campeão. O universo é muito maior que as fronteiras de Araguari. Quem consegue acesso aos verdadeiros números das pesquisas afirma que a eleição está apertada e que os dois candidatos vão depender da votação em todo o estado. Ninguém sairá eleito de Araguari. Só resta esperar a leitura dos disquetes, no domingo. Quem realmente está tirando o sono de muitos estrategistas locais é o candidato Raul Belém, para a Câmara Federal. Em todas as pesquisas, ele lidera com folga a preferência do eleitorado local. Ninguém deles esperava uma perfomance tão vistosa nas pesquisas. Algumas campanhas estão sendo revistas e pouca coisa resta a fazer. Traições de última hora têm decepcionado o comitê de um candidato, que não contava com tamanha infidelidade. Dizem que na próxima segunda-feira, vai chover chumbo na cidade. Esse cenário local nunca foi tão favorável para a cidade reconquistar seu espaço na vida política brasileira. O grosso do eleitorado está muito firme em votar em candidatos residentes na cidade. Será que as classes política e empresarial receberão uma lição do eleitorado?

quarta-feira, 29 de setembro de 2010


O momento exige reflexão. Araguari torna-se terra de ninguém. Mesmo possuindo um quadro favorável para possíveis eleições de candidatos da terra para a Câmara Federal, muitos empresários que podemos chamar de formadores de opinião, como já comentamos aqui, preferiram embarcar em outras candidaturas. São outros projetos, outras cidades. Nessa altura do campeonato, não consigo entender até a exposição de nomes em panfletos, que pessoas que se acreditavam "araguarinos acima de tudo" tomassem esses rumos. Pelo menos não agem nos bastidores. Menos mal. O momento da cidade é agora. Na segunda feira próxima, começaremos a lamentar novamente. Apontar responsáveis ficou fácil. A maior parte do eleitorado da cidade tem muito mais consciencia que muita liderança, que se traveste de araguarino. Sempre reclamávamos da quantidade exagerada de candidatos. Dessa vez, não tem desculpa!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

UTI

Adib Jatene veio a Araguari na quinta-feira passada, como membro de uma comissão do MEC que avalia os cursos de Medicina no país. O ex-ministro da Educação está centrado na avaliação das faculdades abertas sob o manto dos conselhos estaduais de Educação, dentre elas a UNIPAC Araguari. O competente cardiologista visitou as instalações da UNIPAC e de outras instituições que são parceiras da Faculdade de Medicina local. A Faculdade de Medicina de Araguari forma ano que vem sua primeira turma. Seus alunos estão estagiando em Belo Horizonte. Segundo entendimento do MEC, é necessário para as faculdades de medicina possua hospital-escola. Tanto é que a UNIUBE foi obrigada a suspender seus vestibulares até normalizar a situação. Na visão da comissão chefiada por Jatene, os cursos de medicina devem ter hospitais-escola. Os hospitais assistenciais não cumprem a tarefa de aprendizado e nem possuem estrutura própria.

Impressionante, nesta semana, a distribuição de panfletos dos candidatos a deputado federal de outras cidades. Segundo um dos que circularam, um candidato afirma que viabilizou todas as obras do governo do estado em Araguari. Marlos Fernandes que o diga. O folheto esqueceu de atribuir ao ex-vice prefeito que é o “pai verdadeiro” de grande parte das verbas, produtos de seu curto mandato na assembléia mineira e suas emendas no Orçamento. Se formos somar todas as verbas conseguidas nos diversos folhetins que circulam, Araguari deveria ser o 7º Céu, ou o Paraíso. O dinheiro que foi investido na papelada, distribuída na cidade, fazem corar de vergonha os três candidatos locais. Raulzinho, Pastori e Aurívio devem estar preocupados com essa avalanche,ou melhor, um tsunami de papéis querendo conquistar o eleitorado sem pai e nem mãe de Araguari. Os invasores esperam fazer a festa aqui no próximo dia 3, principalmente depois que muitos dos candidatos pára-quedistas conseguiram a adesão de empresários e formadores de opinião, com direito a foto, cartas abertas e depoimento de muitos deles. Pior nisso tudo é que tem candidato circulando por aqui que não tem o que falar. Mesmo assim leva daqui quase mil votos. O araguarino, que ama a cidade de verdade, tem que apostar em nomes locais. Gostando ou não. É necessário criarmos um projeto político em longo prazo para Araguari do século XXI. Não se admite mais ficarmos amarrados a políticos de outras terras, que dão suas caras por aqui nesse período pré-eleitoral e depois beijinho , beijinho...

BOSQUE JOHN KENNEDY

O Dia da árvore praticamente passou em branco. Deveria ser um dia de muita discussão sobre o nosso presente e futuro. Hoje, o que me preocupa é a passividade de quem deveria ter a responsabilidade de manutenção do Bosque John Kennedy. Se o leitor observar a centenária mata, que nos enche de orgulho até hoje, vai notar muitas falhas na antes compacta floresta. O bosque envelheceu. Grandes clareiras já são notadas no seu interior. Por falta de manejo correto, durante dezenas de anos, a mata não foi se renovando. Segundo dados do Arquivo Municipal, a mata foi demarcada e através da lei nº 73 de 03 de novembro de 1889 e o agente executivo ficou responsável pela fiscalização e conservação dessa imponente reserva florestal. Dizem os mais antigos que, aquela região, que hoje conhecemos como bairro do Bosque era mata fechada até nas margens do então saudável Córrego Brejo Alegre. O médico e político Adalcindo de Amorim, no seu livro Rumo a Terra, narra poeticamente os sentimentos que ele nutria pela exuberante mata: “Aquele parque ensombrado é primorosa homenagem à poesia! Refúgio dos deprimidos, refrigério para os que se extenuam na luta cotidiana, bálsamo para o corpo e para o espírito (...) O Bosque regurgita de belezas para as crianças. Dá sombra e ternura para juventude. E, quando ouve os passos da velhice, mostra como envelhecem as velhas árvores”. E é disso mesmo que estamos falando. A velhice bate à sua porta e prenuncia um agonizante fim, se medidas salvadoras não forem tomadas. A foto acima retrata a portaria do então Parque Siqueira Campos, que ainda está registrado na mente dos mais antigos.