quarta-feira, 17 de novembro de 2010

UNIPAC SE PROFISSIONALIZA


A Unipac, campus Araguari, está promovendo uma série de modificações para se adaptar ao relatório do MEC, resultado da visita do médico Adib Jatene,que foi entregue recentemente. A Imprensa local preferiu ficar distante do assunto, mesmo a comunidade sendo uma das principais interessadas. Segundo o que apuramos, muitas das personalidades políticas, que eram funcionárias da instituição, foram e estão sendo demitidas. Tudo em função da exigência do MEC que "sugeriu" a diminuição do número de vagas do curso de Medicina, que passariam das atuais 60 ofertadas semestralmente, para 40. A consequência imediata é a queda de faturamento da instituição comandada por Bonifácio de Andrada, que também não conseguiu se reeleger como deputado federal. Sabe-se que a média da mensalidade para o curso de medicina de Araguari gira em torno de R$3 mil reais. É um golpe considerável. Tanto é que diretores da instituição negociam com o MEC a possibilidade de oferecer 50 vagas semestrais. O próximo vesibular está garantido, para alívio geral. Até o momento, não conseguimos apurar as exigências que a UNIPAC terá que se submeter para garantir a continuidade dos vestibulares futuros do curso de Medicina. Avalio que a mais importante "sugestão" do MEC deve estar "tirando" o sono de seus executivos. Dr. Adib Jatene afirmou a uma emissora de rádio de Uberlândia, que o MEC não admite que o aprendizado médico prático seja feito em estabelecimento sem perfil de hospital-escola, coisa que a Santa Casa de Araguari não se enquadra. Hoje, os sextanistas da UNIPAC recebem aulas práticas bem distante: Belo Horizonte. Medicina, como uma das ciências de preservação da vida, exige conhecimentos teóricos profundos e domínio das práticas de diagnósticos e de intervenção. Agora, o reitor terá que buscar soluções para dotar a UNIPAC Araguari de um hospital-escola. Ou poderá ter seus vestibulares suspensos.

Um comentário:

  1. É um assunto muito complicado. É inegável que a universidade traga dinamismo pra cidade. Seja como for, acho muito imoral um reitor de universidade (ainda mais particular) almejar, ao mesmo tempo, cargo político. 60 vagas também considero uma quantidade contrária à qualidade, ainda mais para um curso tão exigente quanto a medicina deveria ser.
    Em breve teremos a dança das cadeiras, o Bonifácio voltará aos quadros políticos, a tempestade será amenizada e as adequações não negociáveis serão feitas aos poucos.

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