sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A FACA, O QUEIJO E O DEDO

Raulzinho Belém não avaliou bem o significado do convite para assumir uma vaga de terceiro escalão no governo Anastasia. Esses cargos dificilmente dão projeção junto ao eleitorado local. Exemplo disso é o do ex-prefeito Marcos Alvim que participou de uma estatal e que poucos reflexos trouxeram à sua votação nas últimas eleições. Ou melhor, pouco somou. A grande votação de Raul, nas últimas eleições parlamentares, o credenciou como forte candidato a prefeito. Seguramente, Raul é a grande novidade eleitoral que se posta como alternativa aos nomes batizados e rebatizados. Outro fator de extrema importância para Belém é que sua família possui uma emissora de rádio de tradição, que já não ocupa a liderança de anos passados, mas que pode influenciar positivamente junto ao eleitorado. Na linguagem popular, Raulzinho é a bola da vez. Por isso seus passos devem ser medidos e avaliados, para não se jogar fora uma chance de se criar um novo projeto político para a cidade. O desgaste dos políticos locais é flagrante e esse vácuo pode ser ocupado por novas idéias e nomes. Os grupos que vem chegando ao poder, ao longo dos anos, deixam o governo totalmente aniquilados. O vazio de lideranças abre espaços até para aventuras e Araguari não suporta mais esse tipo de comportamento. Se Raul não souber usar a faca, lá se vão os dedos!

IMPORTANTE MAS DISTANTE

Outro nome que pode se apresentar como alternativa às próximas eleições é o do ex-vice-prefeito Marlos Fernandes. Continua no time de Anastasia, ocupando o mesmo cargo, vice-presidente da estatal MGS, que praticamente não lhe traz boa visibilidade. Podemos afirmar que hoje Marlos Fernandes deve ser o interlocutor de Araguari com maior influência junto ao governo estadual, mas com poucos reflexos numa possível disputa eleitoral. Essa proximidade com Anastasia poderia ser dividida com Raulzinho, caso o mesmo aceite o convite para assumir cargo em Belo Horizonte. Serão dois potenciais candidatos longe do palco eleitoral.

Fala-se muito numa suposta recandidatura de Marcão nas próximas eleições. Pessoa próxima a ele me afirmou que dificilmente o prefeito namoraria a idéia, mesmo faltando praticamente um ano e meio para a deflagração do processo eleitoral. Segundo esse interlocutor, Marcão passa por um processo de desgaste de difícil recuperação, com vistas às eleições seguintes. O vice Júberson de Mello anda desaparecido do mapa. Sabe-se que pretensão ele tem para ocupar a cadeira de Marcão. Resta saber o que restou dos escombros da última eleição e que rupturas surgiram dentro do seu grupo, que pode não estar falando a mesma língua. Nessa avaliação para as próximas eleições podemos citar os nomes de Werley Macedo, que ainda não configurou o seu grupo de apoio e de Justino de Carvalho que, mesmo não residindo em Araguari, busca não deixar no vazio o trabalho já realizado, quando disputou as últimas eleições. Por fim, não podemos nos esquecer de dois nomes. Um é do eterno candidato Vanderlei Inácio, um nome constante em todas as eleições, mas que hoje se esbarra na Lei da Ficha Limpa, que o impediu de se candidatar nas últimas eleições. O outro é do ex-prefeito Marcos Alvim, que pode ser salvo pela morosidade da Justiça, quando tentará provar que não houve irregularidades na construção do que seria um hospital. Dois nomes que podem dividir o eleitorado e abrir espaço para o novo.

PERMUTA

O secretário de governo, Aluisio Nunes de Faria, afirmou à coluna que, diferentemente do que foi publicado aqui, não se trata de uma “doação” à Rede Integração e sim de um convênio que deverá ser firmada com a Prefeitura, com respectiva contraprestação de serviço. O montante investido pela prefeitura, R$200 mil, será revertido em matérias publicitárias, ao longo desses quase dois anos de mandato que restam ao prefeito. A matéria agora fica sob a responsabilidade da Câmara Municipal. No linguajar radiofônico, essa modalidade de negócio é batizada de permuta. A empresa de comunicação abre espaços para o empresário, neste caso a prefeitura, e o troca por mercadorias. Para os modernos administradores essa prática não é muito aconselhável. Normalmente alguém sai lucrando mais que a outra parte.

UMA PAUSA

Vamos respirar! Uma pausa nesta complicada realidade de tiros, seqüestros, violência e a desastrada classe política brasileira, difícil de agüentar. Vamos falar de Karine Izolina da Silva. É a representante de Araguari no concurso Garota do Papo, promovido pelo programa Papo de Butiquim, comandado por Luiz de Lara, na Rede Vitoriosa. A vencedora receberá, além de books fotográficos e recompensa financeira, a possibilidade de se lançar na carreira de modelo. A candidata terá que acumular o maior número de votos para se tornar vencedora. Para votar em Karine acesso o site http://www.uipi.com.br/garota-do-papo.

BRETAS

Palpites dos meios de comunicações em empresas privadas só devem acontecer quando envolve interesse público. É o que acontece com o grupo Bretas que adquiriu da prefeitura um espaço destinado a uma rua, que iria facilitar o acesso do cidadão ao bairro do Rosário e vice-versa. Em nome do desenvolvimento e afobação do grupo político que governava a cidade, não se estabeleceu critérios para a venda do bem público. O dinheiro levantado, R$281.961,33, se perdeu em outras despesas e o que se percebe é que o grupo Bretas adiou a construção do empreendimento. Perdeu-se uma rua e não ganhamos o shopping. Já se vão três anos. O poder público não pode obrigar o grupo a concretizar o shopping que, se construído, abrigaria 53 lojas, incluindo três salas de cinema. Existe o interesse de três grandes varejistas nacionais em estender seus negócios nesse investimento.

CAMPANHA SALARIAL

O Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais começa a se movimentar com vistas às reivindicações salariais de todas as categorias. Na quinta-feira passada, o SINTESPA convocou assembléia geral para debater a pauta de reivindicações. Entre elas prevê-se a paralisação de todas as atividades durante 24 horas como alerta à administração sobre a defasagem salarial que beira aos 25%. Além disso, o sindicato quer que o prefeito cumpra suas promessas de campanha como plano de saúde, vale-alimentação, revisão do Plano de Cargos e Salários. Atualmente somente aqueles funcionários que recebem o salário mínimo têm conseguido a reposição salarial. Hoje, nota-se uma perigosa equiparação de salários entre os profissionais de nível superior com as carreiras que não exigem formação especial ou técnica. O salário base de quem tem formação superior é de R$850,00 muito próximo do salário mínimo (R$545,00). Com isso, a prefeitura tem perdido muitos profissionais para o mercado, que paga salários mais condizentes com a realidade. Esses fatos são apontados como os provocadores da baixa votação do vice-prefeito nas últimas eleições.

DO MESMO SANGUE

Dias atrás comentávamos neste espaço, a importância de Araguari no cenário de indústria de carnes. Na oportunidade, sugerimos ao presidente do Frigorífico Mataboi, a idéia de se preservar o prédio que foi a residência de Theóphilo de Godoy, o introdutor das raças zebuínas no Brasil. Mal sabíamos que o ilustre araguarino é o bisavô de Murilo Dorázio. Mais um motivo que fortalece nossa idéia de se preservar a mais antiga construção da cidade. Por outro lado, o Frigorífico Mataboi está sendo sondado pelo grupo Marfrig, com o apoio do BNDES, para possível associação ou aquisição do controle acionário. As conversações já teriam iniciadas. O Mataboi é um dos grandes frigoríficos nacionais, com seis unidades de abate, com faturamento anual beirando os R$600 milhões. Segundo análise de técnicos, o Mataboi está estruturalmente arrumado, diferentemente de outras empresas do setor e mais da metade de seu faturamento é resultado de exportações para vários países do mundo. A notícia triste é que, a cada dia, o frigorífico vai transferindo seus escritórios para Uberlândia e num breve tempo ficaremos só com o abate. Não sei se essa transferência trará reflexos em termos de arrecadação de impostos. O Mataboi, hoje, é a maior indústria araguarina.

ISMAEL

O engenheiro Ismael Figueiredo, desaparecido do noticiário, tem suas razões para justificar seu afastamento da agitação política da cidade. Ultimamente tem concentrado seus esforços numa possível candidatura à presidência do CREA-MG. Ele afirmou à coluna que é uma oportunidade única para o interior do estado emplacar um nome na presidência de uma entidade que nunca foi comandada por alguém fora do eixo de BH. Costuras políticas e apoios podem levá-lo à presidência desse conselho que reúne engenheiros, arquitetos e agrônomos de todo o estado.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

NÃO DEU!!!!!

Muita expectativa para estréia do Tricolor ontem contra o arqui-inimigo Uberlândia Esporte. Um público superior a 2 mil pessoas lotaram as tímidas dependências do Estádio Sebastião César, contruído na década de 40 do século passado. Nem os estacionamentos nas ruas que circundam o estádio foram suficientes para receber a frota de automóveis dos torcedores. O Verdão venceu o Tricolor com facilidade. Para muitos torcedores da Raposa uma decepção. Para outros, o começo de um trabalho que vai exigir muito esforço da diretoria conseguir uma equipe competitiva. Eu, por exemplo, fui ao estádio na esperança de encontrar uma equipe que desse algum trabalho, pelo menos, ao time adversário. Convenhamos, formar uma equipe em 30 dias e praticamente não disputar jogos preparativos, nos deixou a sensação do desconhecido e recheada de surpresas. Foram 4 x1 amargos para o torcedor. O presidente José Antônio e todos os membros da diretoria esforçaram-se bastante. Culpar A ou B pela derrota é precipitado. Mesmo honrando a tradição, a diretoria não conta com suporte financeiro adequado para montar uma equipe com antecedência, como acontece com outras equipes. Uma conclusão interessante também é que não se faz futebol profissional em cidades do porte de Araguari sem uma ajuda da prefeitura. Mudanças importantes deverão acontecer mas nada que dê tempo para tornar esse time competitivo. Já na quarta-feira, o Fluminense volta a campo e dessa vez fora de casa. Outro osso duro. Para a grande torcida do Tricolor resta cruzar os dedos e rezar e muito! Quem sabe acontece um milagre!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

PONTO DE VISTA




Depende do ponto que estamos vislumbramos imagens com visões e ângulos diferentes. O governo Marcos Coelho passa por um processo que me faz lembrar ao mandato do ex-prefeito Mãe Preta. O grande diferencial é que Coelho governa sem oposição das chamadas forças vivas (clubes de serviços, associações de classe). As emissoras de rádio, durante o governo Vanderlei Inácio, aos poucos, foram se acomodando e acertando seus interesses com o então governo contrário ao grupo dominante comandado por Raul Belém, mas não conseguiu calar as entidades até o último dia de mandato. Esse clima de extremo divisionismo não está atrapalhando somente o governo municipal. Cria-se um clima de inconformismo tão prejudicial que pode ser corrigido. Basta ao prefeito examinar as ações que criam esses espinhos, essas notícias mal colocadas aliadas a muitos projetos paralisados. Marcos Alvim, nesse aspecto, era mais habilidoso. Governou durante oito anos com grande parte da Imprensa sob seu controle e isso foi um dos motivos que o levou a deixar uma herança complicada que Coelho não consegue destrinchar. Conseguir cem por cento de concordância é impossível. O que não podemos é continuar com esses debates estéreis que não levam a lugar a nenhum. Alguns analistas avaliam que falta ao atual governo maior abertura nas discussões do que é bom ou ruim para Araguari. Hoje temos a tranqüilidade de afirmar que nossa cidade alcançou grande independência econômica, graças à atuação de nossa classe empresarial. Quem venha agora a paz política. Esses embates entre grupos que pensam diferente têm prejudicado Araguari. Uma guerra eloqüente de forças contrárias tem segurado um melhor direcionamento de nossos horizontes. Acompanho, há anos, a capacidade que Marcão tem para o diálogo. Sempre foi de ouvir muito e respeitar diferenças. De repente, no governo, o prefeito se transforma e tem conversado pouco com as chamadas forças comunitárias, ouvindo mais o grupo que lhe rodeia, que pode não estar lhe indicando o melhor caminho. Fonte do palácio me assegura que hoje nem os assessores mais próximos conseguem serem ouvidos pelo prefeito. Será que Marcão perdeu a capacidade de ouvir? O governo tem pontos positivos que não estão sobrepujando a quantidade de notícias negativas. Defeito na política de comunicação ou na postura de diálogo? Ou ambos?
DE VOLTA AO PASSADO?
Neste domingo, o Fluminense volta, em grande estilo, à era dos grandes clássicos do Triângulo Mineiro. Uberlândia, Uberaba Ituiutaba deverão devolver ao público grandes “embates” que as gerações mais antigas lembram com saudade. Um dos mais aguardados é justamente jogo de domingo entre o arqui-rival Uberlândia Esporte. O Estádio Sebastião César deverá receber um público respeitável, que muitos analistas avaliam que será pequeno frente ao evento. A teimosia de José Antônio César da Silva, presidente do tricolor, é um dos principais fatores da volta do Fluminense ao seu status. Batalhou muito, ao lado de muitos diretores e torcedores apaixonados, para conseguir garantia financeira, quando finalmente o BMG assinou contrato com a equipe. Na verdade, não é uma volta ao passado no sentido literal e sim o recomeço de uma caminhada rumo à divisão especial do futebol mineiro. Sucesso ao tricolor!

INTEGRAÇÃO COM NOSSO DINHEIRO



Causou estranheza a notícia sobre possível doação de R$200 mil para a Rede Integração instalar em Araguari um transmissor em HD (high definition). Repercutiu negativamente nos meios políticos, comunitários e nas cabeças pensantes na terra de Geraldo França de Lima. O episódio merece alguns questionamentos: Será que é válido esse investimento numa empresa privada com dinheiro público? Não seria um precedente perigoso, abrindo possibilidades para outros veículos de comunicação solicitar ajuda semelhante? Afinal temos mais três emissoras de televisão na região que certamente recorrerão à prefeitura para montar em Araguari seus equipamentos em HD, caso a Câmara Municipal aprove o projeto e a lei deve ser igual para todos. O episódio demonstra que existe até boa vontade da administração em dotar a comunidade de equipamentos de última geração, buscando trazer qualidade de vida, já que nem cinema temos mais. A Rede Integração, umas das mais bem equipadas emissoras do país, retransmite os sinais da Globo numa extensa região de Minas. Porque ela mesma não banca todo o investimento ou aumenta a potência de seu transmissor em Uberlândia? Pergunte ao prefeito Odelmo se ele investiu nos equipamentos das TVs de Uberlândia. Continuamos com nossa perigosa subserviência.
SINAL EM HD
Hoje, praticamente a cidade inteira recebe o sinal em HD, tanto da TV Integração (canal 8-1) como da TV Paranaíba (canal 10-1). Somente a região central da cidade não é atingida de forma satisfatório com o sinal digital, devido às características do relevo. A solução para atingir esse setor é fácil. Basta as emissoras de Uberlândia aumentar a potência de seus equipamentos e o cidadão local interessado dotar sua residência de boa antena e assessorado por um técnico experiente, para assistir essa maravilha que é a TV digital. Lutamos há anos com o desinteresse das emissoras de TV de Uberlândia. Somente há alguns anos atrás, elas colocaram repetidoras na cidade, depois de longa espera com a população sofrendo com a baixa qualidade do sinal vindo da progressista cidade. Quem não se lembra quando Fausto Fernandes de Melo dotou a cidade da primeira FM. O sinal da rádio, muito forte, interferia nas televisões da região central, causando indignação dos moradores. Nem assim motivou os empresários uberlandenses proporcionar a cidade com repetidoras. Resumindo: eles não dão importância ao mercado araguarino.
MAMOGRAFIA-TOUR
Depois da confusão armada em torno do mamógrafo que funcionava dentro do Pronto Socorro e posteriormente o local interditado pela Vigilância Sanitária, surge um questionamento que deveria ser avaliado pela Secretaria de Saúde. Hoje, a mulher que necessita de um exame mamográfico enfrenta uma espera que beira aos três meses. Primeiro, o médico da rede pública solicita o exame. O paciente leva o pedido à Secretaria de Saúde que posteriormente o envia para Uberlândia. Na vizinha cidade, o pedido fica aguardando a boa vontade da Gerencia Regional de Saúde de Uberlândia. Se a paciente necessitar de exames emergenciais terá que recorrer à rede privada. A qualidade de vida do cidadão passa por esses processos burocráticos desnecessários, tropeçando na espera de inauguração da nova policlínica que ninguém sabe quando. As salas que abrigam esses equipamentos são obrigadas a receber tratamento especial em suas paredes, para evitar danos à saúde. O mais interessante da história é que o Pronto Socorro abriga equipamentos que emitem radiação há vários anos e ninguém se atentou para o fato dos funcionários e pacientes estarem sendo submetidos a ondas extremamente prejudiciais à saúde, sem proteção adequada. Isso causa ao prefeito um desgaste que ele não imagina o tamanho. O grande espanto é que temos o aparelho, relativamente novo. Isso é evitável? Resposta curta e grossa: SIM!
CREDIBILIDADE
Desde o começo da década de 70 participo de alguma forma dos meios de comunicação tanto local como regional. Os profissionais dessa área se esforçam ao máximo para levar à audiência o fruto de seus trabalhos de pesquisas jornalísticas e aperfeiçoamento de suas técnicas. Sempre existiu uma guerra surda, de bastidores, mas nada que levasse a esse estranho clima entre os profissionais da cidade. Infelizmente partiu-se para a guerra ideológica, parecido com torcidas de futebol. Esse clima se restringe a dois órgãos de comunicação. Um declaradamente contrário ao governo municipal e o outro extremamente favorável. Todo órgão de comunicação tem uma política ou um ideário. Uns nascem para defender idéias, outros buscam o sucesso financeiro como qualquer empresa séria. A questão mais importante que avalio é a credibilidade. Sem ela não vamos a lugar nenhum e o que falamos ou escrevemos não é levado a sério. Coerência é muito importante para a construção dessa credibilidade.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

QUE PORTA SAIR?



Para susto e não como surpresa da coluna, os recursos que estavam reservados para a reforma do antigo prédio da CEMIG/PRADA finalmente cansaram de esperar por nossa paciência e vontade política e pegaram o caminho de volta para Brasília. A verba, num montante de R$150 mil, estava destinada à construção de um centro de lazer para o idoso e teria sido um trabalho pessoal do vereador Raulzinho Belém junto ao então deputado José Fernando. Ser oposição é fácil, mais fácil se torna quando, sem maiores explicações, perdem-se recursos que estavam aguardando os projetos, que também imagino, estariam prontos, motivado por um cochilo ou uma boa soneca de algum auxiliar do prefeito. Mesmo que o prefeito queira, é muito difícil estar ciente do que acontece nas salas e corredores dos gabinetes e secretarias. Por isso existem os cargos de confiança. Nem sei de quem é a culpa, mas permanecem muitas indagações. Normalmente os cargos de confiança são escolhidos não pela competência e sim pela proximidade da figura com os donos poder. Uns são filhos de gente das bases eleitorais, outros porque carregaram bandeirinhas e plotaram carros no período eleitoral, outros são maridos ou esposas de amigos, outros parentes, etc. Competência é o último item a ser avaliado. Um corpo de auxiliares sem capacidade resolutiva deve provocar crises de hipertensão, como temos notícia. Problema é mais grave para o prefeito que sempre sonhou em governar nossa cidade e entrar para história. Marcão, abra o olho se quiser sair pela porta da frente.
TRICOLOR
O Fluminense entra na semana decisiva no aguardo de sua estréia no módulo B da 2ª Divisão do Campeonato Mineiro. O presidente José Antônio preferiu contratar outro técnico e não ficou com o competente Luvanor que lhe deu a classificação. O Estádio Sebastião César vai se tornar pequeno para a partida inicial contra o nosso rival Uberlândia Esporte Clube. Muitos avaliam como muito singela as instalações construídas nos anos 40, quando era possível acomodar 6 mil torcedores. Com as regras de segurança atuais e a perda da arquibancada traseira voltada para o Bosque, hoje o Estádio Sebastião César pode acomodar não mais que dois mil torcedores. Se o Tricolor conseguir se classificar para a série especial, coisa que torcemos, José Antônio terá que pensar em outro estádio. Mas por enquanto, vamos nos concentrar nas partidas que virão e cruzar os dedos para o sucesso do Tricolor.

O NOSSO BIG BROTHER


BIG BROTHER DE ARAGUARI

O vereador Antônio Rodrigues Tosta apresentou requerimento na sessão do dia 25 de janeiro passado, solicitando ao prefeito a realização de rodízio entre os postos de saúde, no período noturno, para atendimento da classe trabalhadora. Há pouco tempo, foi implantado o programa SAÚDE DO TRABALHADOR que não funciona a contento. Se o prefeito acatar a sugestão do vereador seria o estabelecimento de justiça com quem trabalha e produz nessa cidade. Os postos de saúde fecham às 17 horas, não permitindo ao trabalhador atendimento médico e odontológico. Sem falar que alguns postos chegam a fechar no período de almoço (das 11 até 13 horas). Ao mesmo tempo que acerta no primeiro requerimento, em outro o vereador solicita o monitoramente de todas as repartições públicas por vídeocameras. Seria o Big Brother com sabores tipicamente locais, com direito a cenas tórridas que já ocorreram em alguns locais, inclusive com uma denúncia de um cidadão, sobre a ocorrência de sexo numa gabinete da Câmara Municipal, tempos atrás e até numa das salas do Pronto Socorro. Não sei onde arrumaram tempo. È um investimento considerável que bem poderia ser revertido em segurança para toda a cidade, como o projeto adotado pelos nossos vizinhos, que hoje monitaram todo o centro de Uberlândia. Para vigiar funcionário público existem outras fórmulas mais eficazes.
SEMELHANÇAS...
Araguari e Uberlândia, cidades quase gêmeas no nascimento, têm suas semelhanças, em obras paradas e inacabadas. Aqui sofremos com o fracasso do hospital municipal, com dinheiro público enterrado num setor de extrema gravidade. Uberlândia tem seu elefante branco: o Teatro Municipal. Projetado pelo arquiteto Oscar Niemayer, o prédio parece mais com um cilindro cortado. O início da construção da obra remonta à gestão de Virgilio Galassi em 1993. Lá se vão quase 20 anos, caro leitor! Os recursos são da prefeitura de Uberlândia e do Ministério da Cultura. Engraçado que lá, o governo federal nem o Ministério Público metem a colher. Pelo menos, nunca ouvi nada a respeito. Cultura não enche barriga e parece que Odelmo consegue domar os ânimos da imprensa e dos setores ligados a área cultural. Diferente daqui. onde nos esgoelamos, esperneamos e produzimos manchete e não se resolve também. Até o Ministério Público Federal entrou na história da nossa obra inacabada do hospital. Já é quase certo que o governo municipal pode transformar o hospital, aquele que foi sem nunca ter sido, em Pronto Socorro. Mas que se faça algo mais funcional. Hoje o chamado Pronto Socorro, que é pronto atendimento, não passa de um mero centro de triagem para a rede conveniada. Semelhanças aqui ou acolá não deixam de ser curiosas. Duas obras paradas, consumindo dinheiro público pelo ralo e que até dá-nos um pouco de consolo. Não é só aqui que se torra recursos públicos. O problema é que aqui ficamos pisando e repisando. Lá um silêncio só.
O CÔNCAVO E O CONVEXO
É uma das obras que beira aos desafios da cidade. A reforma do prédio do Cine Ritz/Apolo se arrasta desde o começo do mandato de Marcos Coelho, sem contar as paralisações e a falta de vontade política em terminá-la. Nesta semana, fiz uma pequena visita ao antes imponente CINERAMA. Para felicidade dos que valorizam a cultura, os operários trabalham em ritmo acelerado. O projeto de reforma é do arquiteto Wesley Santos. Fez poucas mudanças significativas. A recepção do futuro teatro será deslocada para a Rua João Peixoto, antes uma saída de emergência. Ali vão se concentrar as bilheterias. Onde se situa hoje a sala de espera, voltada para a Praça Manoel Bonito se transformará num grande salão de eventos, podendo abrigar a exposições e até projetos culturais. Observando o projeto, espero que eu esteja enganado, conservou-se a tela de projeção côncava, que causa distorções muito prejudiciais aos cinéfilos. Fico torcendo para que o nosso cine-teatro acompanhe todos os cinemas, corrigindo essa tela que servia para outro tipo de projeção. Não podemos ser diferentes!
EM REDE NACIONAL
O Jornal da Record está exibindo uma série de reportagens a respeito da produção brasileira de carnes. Nos segundos e terceiros episódios, exibidos nos dias 1 e 2, Araguari participa da reportagem. Primeiro devido ao pioneirismo de Theóphilo de Godoy, considerado o introdutor da raça zebuína no Brasil, em 1898, quando trouxe as seis primeiras cabeças. Mesmo o nome desse araguarino de coração estar sempre presente na mídia nacional, por aqui continuamos a condená-lo ao anonimato. Sua casa, ainda resiste na Praça Padre Nilo. É um bem tombado pelo Patrimônio Histórico. A família não pode derrubar e nem reformá-lo sem autorização municipal. Como a família não possui interesse, o prédio vai se deteriorando aos poucos. Vivo tocando nesse assunto aqui na coluna na esperança de sensibilizar nossos agentes políticos sobre a importância de preservamos o nosso passado. Vejo também como uma oportunidade excelente para começarmos a explorar nossas potencialidades históricas como meio de fomentar o turismo em nossa cidade. O segundo episodio falou novamente em Araguari, quando trouxe imagens do Frigorífico Mataboi, tido como um dos maiores exportadores de carne do país. O repórter Luiz Gustavo fez interessante matéria sobre o abate de bovinos destinados ao consumo do mundo islâmico, com rituais curiosos. É Araguari cruzando fronteiras e sendo vista como uma cidade vibrante, como sempre deveria ser. Aproveito o ensejo dessa série de reportagens da Record para sensibilizar o presidente do Frigorífico Mataboi sobre a necessidade de preservação do antigo casarão de Theophilo de Godoy, lançando mão de incentivos culturais, como a Lei Rouanet e presentear a cidade que tão bem acolheu o frigorífico há mais de 50 anos.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

MAIS UMA TROCA?






O radialista Walmir Brasileiro, em seu programa desta terça-feira, dia 01, na Rádio Araguari, afirmou que pessoa credenciada teria lhe passado mais uma mudança no secretariado de Marcão. Segundo ele, é certa a substituição do atual secretário de Fazenda, Joaquim Militão pelo advogado Dejair Flávio de Lima, que hoje exerce função dentro da Procuradoria do Municipio. Militão, membro do PT, faz parte da cota do partido dentro da administração. Dias atrás, o prefeito substituiu Leonardo de Mello pela esposa do presidente do PT, Luciana Menezes, na FAEC Se confirmada a informação, resta o questionamento: Quais seriam os motivos da mudança? O que sabemos é que dentro de qualquer governo duas secretarias, Fazenda e Administração, praticamente dão as cores da administração. Será que Marcão não está gostando do trabalho de Militão? Ou não passa de um balão de ensaio ou mesmo uma fofoca?