sábado, 30 de outubro de 2010

EXPECTATIVA NA UNIPAC
O MEC deve ter enviado à UNIPAC relatório contendo as diretrizes que determinarão os rumos para colocar o curso de medicina da instituição dentro dos parâmetros governamentais. Todos os boatos possíveis circularam nos meios acadêmicos, mas nada vazou até o momento sobre o relatório assinado pelo ex-ministro da Saúde Adib Jatene. Correu até um boato maldoso da possível transferência do curso para Uberlândia. Por enquanto é aguardar pronunciamento da UNIPAC e torcer para que o curso consiga cumprir as determinações federais.
RECURSOS PARA O TURISMO
Prefeitura consegue aprovação ao projeto que cria o FUMTUR, Fundo Municipal de Turismo, cujo objetivo é captar recursos para fomentar essa importante área. Araguari é privilegiada. Temos ainda dezenas de prédios históricos, projetos interessantes que mal saíram das intenções e gavetas. É a velha retórica “da teoria a prática”. Nossas cachoeiras, cantadas nas páginas da Internet e dos jornais, continuam lá precisando de apoio para torná-las realmente pontos de visitação turística. O projeto de Alvim criando o Passeio Ferroviário não passou dos discursos. Só agora a prefeitura dá importância ao prédio da velha Stevenson e resolve colocá-lo na prática, graças à visão da secretária de Planejamento, Tereza Grieb. A casa onde morou o introdutor da raça zebuína no Brasil continua desafiando as administrações e deve ser a residência mais antiga de Araguari. O prédio da CEMIG também entrou no rol do “oba oba” dos discursos de nossos representantes. O que se pode concluir com o FUMTUR é que o governo Marcão pensa no assunto e isso é um bom sinal.
NOVAS LIDERANÇAS, NOVOS GRUPOS?
Raul Belém, o filho, pode estar incluído em importante secretaria do governo Anastasia. É o que ficamos sabendo. O vereador, com excelente votação, começa a se projetar politicamente. Não logrou êxito na sua pretensão de eleger-se, mas deu um passo importante na direção de um novo projeto político para Araguari. Nossos grupos políticos têm vida efêmera. Nada dura além de uma eleição, causando estragos na viabilidade política da cidade. Fácil citar. Mãe Preta conseguiu unir um grupo de partidos na sua eleição para prefeito, nos anos 80, e no final o que virou foi um projeto pessoal. Parte dos seus apoiadores de campanha o abandonaram ou foram escorraçados do governo. Milton Lima, Fausto Fernandes de Melo e Miguel de Oliveira, sem desmerecê-los, não deixaram herdeiros e nem seguidores políticos. Marcos Alvim ainda tem um tempo para provar sua sobrevivência política, ou melhor, sobrevida. Depois dessa inesperada derrota, Alvim vai depender de Anastasia, pois o grupo que o elegeu, na primeira disputa, esfacelou-se e Alvim ainda conseguiu unir um pouco deles nessa frustrada campanha eleitoral. O grupo de Marcos Coelho, não consegue ser uma unanimidade. Seu governo é composto de várias frentes e partidos que não conseguem falar a mesma língua. Dentro do PMDB, partido do prefeito, existem correntes que não o apóia. Mas é o grupo da situação, que conta com Jubão, como possível nome nas próximas eleições, se Marcão não tentar a reeleição. Fala-se também em Werley Macedo, que tem ambições políticas e já trabalha de olho na prefeitura em 2012. Na prática, o que sobra são nomes que se tornam isolados e que num momento estão de um lado e em outro tempo até abraçados com adversários. Coisas da política.
AUTOESTIMA
Alguns leitores da coluna não concordaram com a afirmação feita na coluna, semana passada, que Marcão gosta de asfalto. A forma colocada é que talvez provocou o entendimento. Na realidade, o prefeito terá seu lugar na história como o governante que mais asfaltou ruas e avenidas, desde Milton Lemos, no começo dos anos 70. Outro título que dificilmente Marcão perderá é o de maior incentivador para construção de moradias populares. Abriu as portas da prefeitura facilitando de todas as maneiras legais, a expansão de conjuntos habitacionais, através do programa Minha Casa, Minha Vida. Marcão pode também deixar seu nome para a posteridade. Faltam dois anos para o término de seu mandato e se conseguir recuperar a autoestima do araguarino será um marco importante no seu currículo.
A ALMA DO NEGÓCIO
Uma das propagandas eleitorais que muito me sensibilizou foi a de uma menina tocando o Hino Nacional na flauta. Linda imagem, lindos sorrisos de um povo ordeiro e feliz. Quero ver alguém tocar flauta na porta de uma delegacia ou pronto-socorro! Os marqueteiros apelam para essas imagens de uma gente feliz, que não condiz com a crua realidade do nosso cotidiano. O que precisamos é refletir mais sobre o que querem nos empurrar goela abaixo. Não aceitar as coisas como já acabadas e definidas. Reflita, avalie pela razão. Emoção é bom só para matar o sujeito com um enfarto.

QUASE UM BEIJO


Não morro de amores a nenhum dos candidatos que disputam amanhã o privilégio de conduzir o país por mais 4 anos. Só sei que 2ª feira, vença quem for, estaremos trabalhando normalmente. Não vou comemorar como já comemorei no passado. Perdi a ilusão das “bondades” das chamadas lideranças que se acham predestinadas a super-heróis e candidatos a santo. Trabalhar e trabalhar, matar um leão por dia, pagar impostos que não retornam. Não uso o sistema público de saúde, nem posso contar com segurança pública, muito menos escolas públicas, salvando-se somente as universidade federais. No fritar dos ovos pouco dependemos do estado. Temos motivos demais para ficarmos indiferentes ao que pode acontecer com a eleição de Serra ou da Dilma. Tenho a certeza que os meus e os seus problemas continuarão. Alarmes, cercas elétricas, seguros de vida, se puder um bom plano de saúde que também não anda resolvendo na hora do aperto. Contar com os serviços públicos, que são financiados por nós, nem pensar. Vou votar por obrigação. Escolher o menos ruim. Não é questão de ser contra ou a favor e sim de pensarmos em nós, cidadãos. Ponto final.
MAIS QUE UM CARNAVAL
Os funcionários públicos municipais não conseguem aumentos, vale-alimentação e nem plano de saúde, mas arrumam com facilidade "folgas" mais que carnavalescas. As repartições públicas municipais encerraram seus expedientes na quinta feira e só serão reabertos na quarta-feira. Trata-se da comemoração do dia do servidor público, que foi transferida para sexta-feira, dia 28. Para a população que precisa dos serviços públicos nada pior que essa folga espichada. Isso não é mérito do serviço público local. Praticamente, em todas as esferas dos poderes, tornou-se praxe esses pequenos recessos. Ainda bem que a iniciativa privada consegue bancar essa máquina emperrada, através da alta carga tributária que pagamos.

NO TEMPO DAS GABIROBAS



Num press-release da prefeitura, uma informação preocupante. Diz um assessor que a “Secretaria de Meio Ambiente realizará um mutirão com os funcionários para transplantar 5 mil mudas de eucalipto, as mudas vão ser plantadas para arborização do cerrado”. Assustei-me com a informação. É sabido que o eucalipto é uma planta originária da Austrália e que ela exerce uma função deletéria principalmente nos cerrados. Prefiro acreditar que houve um engano na elaboração da matéria. Hoje, o que vemos é a destruição sem trégua dos remanescentes do cerrado em nossa região. O ideal seria a recomposição das áreas de cerrado com espécies originais.
ROMPIDOS
Marcão vai completando 2 anos de governo e sente na pele o rompimento de importante aliança que o ajudou a conduzí-lo ao Palácio dos Ferroviários. Nas eleições passadas, o então senador Wellington Salgado entrou com todo o seu poder de fogo nas comunicações, rádio e TV, para ajudar seu correligionário. Marcão, pelo contexto apresentado, levou fácil a eleição municipal. Depois do resultado do primeiro turno das eleições, as relações foram oficialmente rompidas, quando Marcão foi pessoalmente à Rádio Araguari reclamar de uma reportagem sobre sua administração. Como a direção da emissora não acatou o pedido do prefeito, Marcão instruiu seu gabinete de Imprensa para romper o contrato de publicidade com a emissora de Salgado. A causa do rompimento: o fraco desempenho eleitoral de Wellington Salgado na cidade. O ex-senador acha que não contou com empenho do governo municipal, que ajudou a eleger. Com um veículo de comunicação forte nas mãos, Salgado só permite participação de membros do governo municipal na Rádio Araguari, através de burocráticos ofícios. Marcão ainda conta com veículos de comunicação favoráveis ao seu governo, mas perde muito na mídia rádio, com o afastamento da Rádio Araguari do seu projeto político.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

E O NOSSO CINEMA?

A reforma do chamado Teatro Municipal se arrasta inexplicavelmente desde a posse do prefeito Marcos Coelho. O que se nota, segundo comentário apimentado de um ativista cultural, é que Marcão não é chegado a essas coisas. O prefeito gosta mesmo é de asfalto e pronto. O resto é pura decoração. Cheguei a visitar, no começo do ano, as obras de recuperação do antigo Cinerama/Ritz. A sala é espaçosa, mas não apropriada para apresentações teatrais. As adaptações que estão sendo feitas, exigem recursos que a prefeitura não disponibiliza. Investimentos em iluminação e som, melhoria da ventilação, poltronas mais confortáveis e por final o cinema tão desejado pela população. É a oportunidade de ouro que o prefeito tem nas mãos para se redimir com parte da população araguarina. Imagina o prefeito conseguir implantar o cinema novamente? Vai melhorar muito a sua popularidade e proporcionar ao sofrido araguarino a oportunidade de não se deslocar a Uberlândia para assistir aos lançamentos cinematográficos.

PONTO DE VISTA

O ex-vereador Sebastião Donizete, o legítimo, publicou recentemente matéria paga na Gazeta, quando fez um balanço da votação em nossa cidade dos candidatos a deputado federal. Na opinião dele, a assessoria do vereador Raul José teria ludibriado a população, quando passou informações que induziram o eleitorado sobre as reais possibilidades de eleições do vereador do PV. Donizete afirma que o candidato Pastori seria o único que reunia condições para uma eleição tranqüila. Matematicamente era possível. Porque o eleitorado concentrou seus votos em Raul José? Simples. O candidato não apresentou nenhum impedimento na visão da nova Lei da Ficha Limpa ou Suja, como queiram. Com a mídia batendo insistentemente no assunto, a situação de Pastori complicou. O eleitor, normalmente, não quer “perder” o seu voto. E ai Pastori “dançou”. Respeito a opinião do ex-vereador e imagino que o eleitorado deve ser respeitado nas suas decisões, consoantes ou não com as nossas.

FANTASIA

A sociedade tem acompanhado o caso de um jovem que levou uma adolescente de 17 anos, possivelmente sob efeito de substância entorpecente, para um motel, abandonando-a horas depois. É o retrato bem fiel das mudanças comportamentais que passa a sociedade brasileira. Acusações de todos os lados, o que prevalece é falta de controle dos pais na vida de filhos menores. Julgar os fatos à distância é até cômodo. Sou daquele tempo que “as meninas” tinham que estar em casa até as 10 da noite. Festas somente acompanhadas de um responsável. Hoje a moçada parte para as baladas regadas a muito álcool, para não falarmos em droga. Imagina uma festa desta, chamada de balada, sem álcool? Rolaria? Podemos discutir aqui também a facilidade que os nossos jovens encontram para consumir álcool, através de batidas adocicadas misturadas com vodka? Não é o caso que quando envelhecemos ficamos caretas. Os pais, querendo acompanhar a modernidade, entregam seus filhos a quem? Talvez à vigilância de um telefone celular que não quer dizer nada. A sociedade é muito influenciada por atos dos grupos que vivem. Somos imitativos e os tempos modernos foram cruéis com as festinhas familiares. Pagamos um preço demasiado caro para acompanhar as mudanças que mais provocam desastres do que felicidade. Hoje, infelizmente, deixamos a educação dos nossos filhos para a rua, para os “orkuts”, tão comum nos computadores de nossos filhos.

EM BOCA FECHADA...

Pior que a dengue não pode ser, mas incomoda demais. Esses pequenos mosquitos, muito comuns no verão úmido, dessa vez vieram com força total. Milhares deles ficam nos infernizando o dia todo. E aquele velho ditado popular que diz que em boca fechada não entra mosquito é muito eficaz e literal. Rondam preferencialmente nossas bocas e a qualquer descuido, invadem-nas sem a menor cerimônia. Esses mosquitos sempre aparecem nessa época, mas nesse ano parece que perderam o controle e são milhares pela cidade. O pior é que são quase invisíveis e só os percebemos quando invadem a nossa cavidade oral. Melhor mesmo é ficar com a boca fechada.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

RESPONSABILIDADE



A Secretaria de Saúde prepara-se para o verão. Aguarda-se uma explosão de casos de dengue. Frente a isso, técnicos da secretaria armaram planejamento que envolve todos os profissionais lotados no serviço de combate à dengue. Só não contavam com a resistência de alguns, principalmente daqueles desviados de função. Segundo dados da prefeitura, o setor de zoonoses possui quase 100 servidores. Com todo esse efetivo nas ruas, pode ser que os números possam ser mais discretos, consequentemente com menor poder letal. A secretária faz todos os esforços possíveis para colocar em prática essa grande ofensiva contra o minúsculo animal, que pode ser fatal, principalmente para aqueles que já se contaminaram uma vez. É muita responsabilidade. Uma das modificações que mais trouxe desconforto para alguns desses funcionários é a volta da jornada de 8 horas. Não ficaram satisfeitos. Essa área crítica é acompanhada de perto e dizem alguns que é um setor comandado pelo vice-prefeito. A responsabilidade da secretária é imensa. Quem nao se lembra da multidão de cidadãos que o Pronto Socorro atendeu no auge do verão passado. Com medidas profiláticas e apoio da população, o município pode, muito bem, minorar o sofrimento de muitos, evitando o alastramento da doença. O momento exige responsabilidades de ambas as partes. Juízo!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O SONHO NAO ACABOU



Mais uma segunda feira pós-eleição somando-se a tantas outras parecidas. Parece um lugar comum, mas não. Acordamos ressaqueados pelos números insuficientes de nossos candidatos. Não fizeram feio. A conclusão a que chegamos é muito simples: não temos eleitorado suficiente para conseguirmos materializar cidadãos araguarinos para representação política própria. Ainda não podemos contar com nomes que tenham ou exerçam influências fora de nossas fronteiras. Acredito que foi um belo exemplo de cidadania. Estamos amadurecendo mesmo. A votação conseguida por Raul José, que chegou a surpreender alguns analistas, demonstra um fato inequívoco. Grande parte do eleitorado já é consciente da necessidade de votarmos em candidatos que tenham base eleitoral em nossa cidade. A percentagem conseguida por Rauzinho, 66,99% dos votos válidos para a Câmara Federal, é inédita na história de Araguari. Nunca um candidato a federal levantou tantos votos por aqui. Nem o seu pai, que conseguiu três eleições a federal, saiu de Araguari com tamanha votação. Outra constatação é, sem dúvida, o número de votos para candidatos de outras regiões. A fuga foi pequena, talvez provocada pelo bairrismo, ou mesmo pela figura acima das paixões e partidos proporcionada por Raul José de Belém. Rauzinho navegou por todos os mares, com uma tranqüilidade avassaladora. Parece que está se moldando uma nova liderança política, sem arestas e carismática.



Quem se interessou pelos resultados da eleição em Araguari, teve a oportunidade de acompanhar a cobertura que as rádios AM da cidade conseguiram, no último domingo. Falo especialmente da Rádio Araguari/Vitoriosa que foi brilhante no último domingo. Toda a equipe foi mobilizada durante o período de votação, culminando com o fechamento das urnas e a divulgação dos primeiros resultados. Mesmo sem a mesma emoção dos tempos que a contagem dos votos era manual e chegava a durar até três dias, as emissoras locais conseguiram dar um pouco de emoção aos números divulgados rapidamente pelos computadores da Justiça Eleitoral. A foto acima mostra os recursos modernos que a Rádio Araguari possui. Computadores, estúdio climatizado, várias linhas telefônicas e o fator principal para que isso funcione adequadamente: o ser humano. Como tudo mudou! Lembro-me das antigas coberturas, quando as emissoras instalavam estúdios ambulantes no Fórum Oswaldo Pieruccetti e nos últimos tempos no Ginásio Poliesportivo. Participei de muitas dessas coberturas. A emoção durava dias, com muitas incertezas, cabos eleitorais e muitos curiosos. Não que eu seja saudosista de um tempo, onde até possibilidade de fraudes era muito maior e as transmissões carregadas de romantismo. Hoje é tudo tão rápido e quase sem emoção. Rapidamente já temos idéia do que vai acontecer e com isso sofremos mais rápido. Não dá tempo para o chope gelar.

QUEM AJUDOU?

Araguari conseguiu uma façanha. Praticamente todo o seu eleitorado concentrou seus votos em candidatos com base na cidade. Mas isso não foi produtivo. Nosso colégio eleitoral ainda é pequeno, para eleger sozinho candidatos à Assembléia e à Câmara Federal. Um exemplo disso é a votação de Marcos Montes em Uberaba. Foi menos votado na sua base do que Rauzinho aqui. O ex-prefeito de Uberaba chegou aos 39 mil votos. O resto conseguiu fora de Uberaba. Outro grande problema foi a escolha e promessas que Rauzinho teria. O PV exigiu uma legenda altíssima, difícil para um candidato sem dinheiro e com base eleitoral do tamanho de Araguari e neófito em eleições fora do município. Nem o apoio do senador eleito Itamar Franco sensibilizou eleitores de outras regiões. Se é que Itamar fez alguma coisa. Muito foi comentado a respeito da amizade de Rauzinho com o candidato a governador do partido e que isso poderia render-lhe votos fora de Araguari. No fundo, mostrou o lado cruel dos políticos, que só pensam em si.

AMARRAÇÕES

Mesmo Araguari não elegendo ninguém, o prefeito Marcos Coelho, amarrado por uma decisão do PMDB, teve que se abraçar com o ex-senador Wellington Salgado. Pelos menos nas placas publicitárias. Mas isso não foi o suficiente para Salgado. A votação do proprietário da Rede Vitoriosa/Unitri não chegou a 1.400 votos na cidade, ao contrário de Ituiutaba, onde levantou perto de 10 mil votos. Na finalização, em todo o estado, Wellington emplacou 50.169 votos. Quase levou. Na cidade natal de Jubão, Caeté, onde assessores de Salgado esperavam modesta votação, o ex-senador conseguiu um único e mísero voto, enquanto que Jubão foi o terceiro mais votado com 3.458 votos.

INTERNET COMEÇA A INFLUENCIAR

Isso mesmo! Apesar de não contar com número grande de assinantes, a Internet fez um estrago bem grande na campanha de Dilma Roussef. Os analistas atribuem aos e-mails que circularam insistentemente sobre a declaração da petista que teria declarado que "nem Jesus Cristo faria perder a eleição" e a mais contundente é sua posição a respeito do aborto. Eu mesmo recebi um monte contra Dilma. Cada um mais agressivo sobre o passado da candidata petista. Ontem o PT entrou com pedido de direito de resposta na REDE CANÇÃO NOVA, quando um religioso teria aconselhado aos espectadores a não votar em Dilma. O discurso de Dilma mudou. Basta assistir ao seu programa eleitoral. José Serra virou “verde” e está prometendo reajustes para aposentados e um salário mínimo de R$600,00. O que uma eleição não faz?

FRONTEIRAS

Nossos candidatos fizeram todo tipo de cálculo para poderem ter alguma chance de eleição, Marcos Alvim que era do PSDB abrigou-se no PHS, esperando uma eleição fácil numa casa de 30.000 votos. Na realidade, a votação exigida foi muito maior que o cálculo, perto de 38.419, o último colocado da coligação PHS/PTN. Alvim obteve 28.783 votos, insuficientes para sonhar com uma vaga na assembléia. A história de Jubão também é semelhante. Mesmo obtendo perto de 35 mil votos, o vice-prefeito ficou longe do último colocado eleito de sua coligação, derrubando teorias e cálculos de assessores otimistas. O jeito é encarar a realidade e sair de nossas fronteiras.

O QUE FALTOU A JÚBERSON

O vice-prefeito conseguiu boa votação na cidade. Poderia ter sido melhor. Com mais de 3.102 votos poderia ter garantido um lugarzinho na assembléia mineiro, embolsar quase R$13 mil reais mais jetons de R$600,00 por cada sessão extraordinária, auxílio moradia R$2.300,00, além de nomear assessores e ter uma verba de R$20 mil mensais para custear escritório político na sua base eleitoral. Onde será que Júberson poderia ter juntado mais eleitores e caminhado firme para a vitória? Na sua cidade natal, notou-se divisão do eleitorado. Em Araguari, uma classe que vota unida é a do funcionalismo público municipal. Quem não se lembra da votação do vereador Tiãozinho? Mais de 3 mil votos, a maior parte oriunda dos funcionários públicos municipais. O governo Marcão não tem entre suas prioridades a melhoria do defasado salário da categoria que comanda. Já vão se passando mais de seis anos do Plano de Cargos e Salários, não se moveu uma palha no sentido de pelos menos, reposição das perdas provocadas pela inflação. Um prometido vale-alimentação ou refeição está pendente desde o início do governo Marcão. Plano de saúde que fez água, justamente no período pré-eleitoral. Isso tem causado descontentamento e lógico, aversão ao projeto de governo do atual grupo. Para as próximas eleições, melhor repensar esse tratamento nada especial dado aos mais de 2.000 funcionários, que podem gerar perto de 8.000 votos. Estariam aí os votos necessários à eleição de Jubão?

APOIO SE RECEBE OU SE DECLINA?

Marcos Alvim, em último momento, recebeu apoio do ex-prefeito Mãe Preta. Dizem os especialistas que o apoio pode ter sido o motivo da baixa votação do ex-prefeito na cidade. Justamente pelas ações judiciais que Mãe Preta patrocinou, quando Alvim foi prefeito, causou certa confusão na cabeça do eleitor. Numa delas, Alvim ficou afastado pela Justiça, durante uma semana. De repente, recebe o apoio de seu maior inimigo político. E agora, como fica? Coerência?

domingo, 3 de outubro de 2010

HOJE É O DIA



As últimas movimentações dos candidatos que realmente estão disputando votos foram demonstrações de força, através de carreatas e foguetório. Pela primeira vez, durante muitas eleições, podemos afirmar que essa é inédita. O número de candidatos se encaixa com mais realidade, na proporcionalidade do colégio eleitoral. Na prática, apesar de outros nomes também estarem na disputa, a eleição a estadual se polarizou em dois nomes: Jubão e Marcos Alvim, para a Assembléia. A expectativa é imensa e que segundo as pesquisas, nenhuma delas independentes, os dois estão empatados. Resta a finalização dos números para sabermos quem está com a verdade ou faltando com ela. A eleição para a Câmara Federal dá-nos a impressão que o candidato Raul Belém se surpreendeu com o movimento dos últimos dias, em torno do seu nome. O eleitorado local está muito mais maduro e bairrista do que muitos araguarinos, considerados formadores de opinião. Tivemos péssimos exemplos de adesismo à candidatos paraquedistas. Isso tem um preço e a ousadia desses empresários vai demonstrar se eles têm ou não poder de fogo, se são capazes de influenciar o eleitorado local. Uma situação difícil ao colocarem cara e a assinatura nos panfletos dos chamados paraquedistas, num momento que a comunidade busca representação política. São decisões pessoais e sabe-se lá quais os motivos. Como espectador da recente histórica política local, avalio que a cidade, ou grande parte dela, caminha na busca de termos representação política. Estamos amadurecendo! Se não foi dessa vez, da próxima não tenho dúvida. O eleitorado local sabe das armas que tem em suas mãos. Pela cidade, nas conversas é flagrante esse desejo de buscarmos a maioridade política. Resta-nos aguardar a leitura das urnas e torcer!