segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

REVITALIZAÇÃO



Depois de passar por alguns anos sem nenhum movimento na sua conservação, a Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus da Cana Verde, símbolo importante na constituição de nossa cidade, recebe o que podemos chamar de uma vigorosa maquiagem. Suas cores foram mudadas, seus abandonados jardins repaginados e agora com iluminação, através de “spots” já lhe dá grande destaque nas noites araguarinas. É uma iniciativa de todos os paroquianos e me parece que não envolveu nenhum dinheiro público nessa revitalização. Até a cruz que domina o alto da grande e majestosa cúpula recebeu cor branca definitiva.




Nos primórdios do século XIX, uma pequena capela foi erguida, que foi a semente de nossa cidade. Em 1900, nova construção. Vinte anos depois (foto acima) a igreja ganha novo formato. Por volta de 1942, à igreja ganha novas linhas arquitetônicas que prevaleceu até a sua última reforma, quando ganhou o aspecto atual, enxuto, típico dos novos tempos proporcionados pela Teologia da Libertação, movimento da Igreja Católica, onde muito se destacou Dom Hélder Câmara, que tinha a sua linha mestra “na opção preferencial pelos pobres”.

A atual construção nasceu sobre a estrutura do antigo templo, durante a passagem do inesquecível Padre Nilo Tabuquini pela paróquia. Quem bancou a reforma, como afirmou esta coluna do dia 23 de julho desse ano, foi o banqueiro Sebastião Paes de Almeida. A Igreja Matriz, sem sombra de dúvida, é um dos grandes símbolos arquitetônicos da cidade. Domina, com sua simplicidade de detalhes, o cenário do centro de nossa cidade. Lá se vão quase 200 anos de história guardada nos livros de tombo da paróquia e na memória de muitos. Hoje acontece um recital com a Orquestra de Câmera e Coral do SESIMINAS, que vai inaugurar oficialmente o novo paisagismo, iluminação, as escadas revigoradas e adaptadas, projetadas pelo arquiteto Clayton Carilli. O historiador Genilson Tadeu Neves fez uma fascinante monografia, que retrata dois períodos da história do principal templo católico de Araguari, onde retiramos algumas informações e o Arquivo Público Municipal nos forneceu duas das fotos que ilustram a matéria.



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