sexta-feira, 1 de abril de 2011

IMBROGLIO



Uma tentativa de se fazer economia no governo municipal se revelou um desastre. Uma grande dor de cabeça para a administração Marcos Coelho. Até no final do governo Alvim, os tratamentos fora de domicilio (TFD) eram coordenados pela Secretaria de Saúde de maneira diferente, desde o acolhimento do paciente e acompanhante, na porta de sua casa, levando-os até os locais de tratamento. Na realidade, era um gasto enorme com veículo (combustível, manutenção), motoristas e centenas de horas extras, refeições e até diárias em hotéis. Os motoristas da Secretaria de Saúde, normalmente, eram os responsáveis pela administração da verba. Sacavam o adiantamento para viagens e recolhiam todas as notas e comprovantes, para posterior acerto, dentro das regras estabelecidas. Com a mudança de governo, achou-se melhor que quando o paciente tinha condição de locomoção, o mesmo deveria utilizar-se do transporte público, os ônibus de carreira. Só que lidar com centenas de pacientes, com diferentes níveis de entendimento, e não muito cientes das regras de manipulação de dinheiro público, criou-se um problema para o prefeito Marcos Coelho. O processo adotado pelo governo passado, muito mais oneroso para os cofres públicos, mostrou mais eficaz no momento de prestar contas e liquidação de cada viagem. O método agora adotado é recheado de boas intenções, mas não podemos nos ater somente na finalidade. O dinheiro público necessita de dados concretos, com movimentos perfeitos, para não gerar qualquer suspeita. Muitos dos pacientes que viajaram com recursos públicos deixaram de prestar contas ou apresentar comprovantes de despesas. O fato criou um rombo de R$53 mil que precisa de comprovação para evitar até um pedido de cassação do prefeito. Os vereadores da comissão fizeram a lição de casa. A principal função deles é fiscalização. Resta agora à Secretaria de Saúde correr atrás do prejuízo e provar que não houve a intenção de lesar os cofres públicos. Tarefa difícil no atual momento.

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