sexta-feira, 11 de março de 2011

PRÁ QUÊ ELAS SERVEM?



Lembram-se dessa foto? É histórica e é a capa do último disco gravado pelo mais importante grupo musical de todos os tempos, os Beatles. Tranquilamente, os quatro cabeludos atravessam a Abbey Road, um movimentada rua de Londres. Fariam isso em Araguari? Possivelmente não. Primeiro, imagino que, mesmo se tivesse jeito, não nunca viriam à nossa cidade e segundo porque aqui é uma temeridade atravessar ruas acreditando nessas faixas brancas e paralelas e que convencionalmente deveriam ser seguras. No começo do ano, assistimos a preocupação do Departamento de Trânsito em sinalizar as portas das escolas, pintando em profusão faixas para travessia de pedestres. Gastou-se recursos públicos importantes para trazer mais segurança, principalmente aos estudantes. Faixas como essas existem por toda a cidade. Pela falta de educação para o trânsito e a total ausência de fiscalização, ninguém as respeita. Não queira se arriscar ao utilizar a faixa de travessia. Certamente você corre o risco de ser atropelado. Observo que nem nas portas das escolas, quem deveria fazer a travessia nas faixas, as utilizam. As futuras gerações sabem da inutilidade delas, preferindo fazer a travessia em outros pontos. Pergunto novamente: Prá quê pintar essas faixas? Mero objeto decorativo? Ou para mostrar que somos uma cidade ordeira, respeitadora e cumpridora das leis de trânsito? Quanto dinheiro, tempo e códigos jogados fora? Muita hipocrisia de nossas autoridades e indiferença dos cidadãos. Escrever leis é fácil, fazê-las funcionar é uma distância assustadora. Quando entraremos para a civilização moderna?

2 comentários:

  1. Ronaldo, as faixas de pedestres em Araguari são meramente decorativas.
    Torná-las algo respeitado é complicado. Depende de uma mudança de mentalidade, da cultura da população.
    Cito o caso de Brasília. Lá, as faixas são respeitadas, mas mesmo assim temos acidentes sobre elas. Somente após uma intensa campanha do ex-governador Cristovam Buarque, a cidade abraçou a ideia de se respeitar os pedestres sobre a faixa. Hoje, a cidade se orgulha de ser um exemplo nacional (pelo menos) nessa área.

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  2. E as ruas de pedra recapeadas, com exceção da Joaquim Aníbal, continuam pobres em sinalização de solo. Eu ando muito a pé e vejo diariamente vários "quase-acidente" por conta disso. Aliás, pelo menos uma pessoa chegou a morrer num acidente na esquina da Uberaba com a Dr. Alberto Moreira, um dia depois de recapeada.

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