Prefeitura participa e promove mais uma Semana do Meio Ambiente. Não sei o porquê que a prefeitura perde tempo com isso. Deve ser para se postar de ecologicamente correta, dentro desse novo discurso, que tem que passá-lo para a prática. Não adianta nada se o discurso não coaduna com a realidade. Precisamos de políticas mais efetivas que reflitam na prática, esse “amor pela natureza”. Dias atrás, sob os olhos de todas as autoridades do ramo ou não, cometeu-se um crime ecológico, quando a administração acabou por derrubar praticamente todas as árvores da Praça Manoel Bonito. Deixou-a totalmente nua, simplesmente para restaurar um passeio. Pagou-se um preço demasiadamente alto, por não ter encontrado uma solução mais atualizada com os novos tempos. O mais interessante da historia é que foi o prefeito que a construiu nos 60 e agora fez novo estrago, dessa vez atingindo as exuberantes árvores, praticamente as únicas peças que adornavam a praça, que diga-se de passagem, não condiz com a velha fala dos antigos prefeitos, que temos as mais bonitas praças da região. Imagino o que deve estar passando na cabeça dos técnicos do meio ambiente por terem assinado o laudo que condenaram aquelas bonitas sibipirunas. Essas árvores vieram suportando, por anos, ventos, chuvas torrenciais e nunca deixaram no prejuízo qualquer cidadão das suas proximidades. Só ocuparam os passeios e os danificaram, pela necessidade de estar firmemente fincadas no solo. Qualquer cidadão contornaria o problema, menos nossos administradores que preferiram arrancá-las. O mal se corta pela raiz diz um velho ditado. Mas que mal é esse? Sempre que eu passava por ali assistia, nos feios bancos de concreto, pessoas sentadas, descansando talvez de andanças no vai e vem de pagamentos de contas, pelo centro da cidade. Ali era um oásis. Via também jogadores de damas, disputando partidas, taxistas e negociantes de carro, usufruindo de uma espécie de ar refrigerado de graça, proporcionado pelas sombras de suas copas. Não que eu queira determinar o destino das pessoas e até de nossa cidade. Não tenho poderes para tal. Se a decisão fosse minha, o destino das árvores seria outro, ou melhor, não tocaria numa folha sequer. As cabeças e os valores são outros. Uma pena!
Parabéns, Ronaldo.
ResponderExcluirTambém expus essa linha de raciocínio (sem seu brilhantismo, claro) em minha coluna semanal, no Diário de Araguari. Foi o lamento de um forasteiro, que ama a cidade que o acolheu com sua família.
Imagino a dor de vocês, nativos...