sexta-feira, 15 de abril de 2011

QUARTA GERAÇÃO


A crise na saúde não é um “privilégio” só nosso. A saúde pública brasileira passa por momentos muito críticos e de difíceis soluções. O primeiro secretário de saúde do governo Marcos Coelho foi nomeado depois de intensas lutas de bastidores. A classe médica indicou o cardiologista Dílson Martins de Deus, que conseguiu se manter no cargo por 16 meses. Depois, Marcão preferiu uma funcionária de carreira, com vasta experiência na gerência do Programa de Saúde da Família, a assistente social Iara Cristina Borges. Na época comemorou-se o fato afirmando-se que a nova secretária não estava ligada a esquemas políticos e nem a de categorias profissionais. Seria a solução para combater a grave crise que despontava e que se abateu no governo municipal. Dias atrás, Iara entrou com pedido de licença e setores do governo afirmam que foi somente uma maneira para suavizar a saída da servidora que, de fato, quer mesmo é se demitir. No seu lugar, o secretário-adjunto Rodrigo Povoa, assumiu interinamente o comando da Secretaria de Saúde. Com a deflagração da crise com uma desnecessária queda de braço como os vereadores da oposição, descobriu-se que Rodrigo não era eleitor na cidade. O tempo fechou e não restou ao prefeito a demissão do sobrinho, pois feria-se dispositivos legais. Assume agora interinamente o médico Elpenides Barbosa, outro cardiologista, que tem a missão de não deixar o coração da secretaria parar, mesmo depois do puxão de orelhas, vindo da Gerência Regional de Saúde, que acusa a administração de não estar cumprindo metas dos programas dos governos estadual e federal. Faltando pouco mais de ano e meio para o final do atual governo, vamos para o quarto secretário, dois deles interinos, e dois adjuntos. Outros setores da administração sofreram e podem sofrer modificações importantes. Nota-se muito desconforto, queda de braços, chapa quente e uma verdadeira torre de babel instalada no poder. Melhor organizarem-se pois as eleições estão próximas.

OSSO DURO


Dias atrás ouvi no rádio uma palavra que podemos considerar um neologismo. A prefeitura constrói no cruzamento das avenidas Bahia e Minas Gerais uma rotatória, que facilitará em muito a vida dos motoristas que querem realizar a mudança de direção. Antes, o motorista que queria adentrar a Avenida Bahia teria que cumprir desvios desnecessários,  mesmo  já existindo há vários anos, não se previu uma passagem direta. O repórter discutia com o apresentador que, na verdade, a obra seria uma quadratória. No início me assustei! Nunca tinha ouvido falar em quadratória. Corri para os dicionários e nada. Não existe ainda. Acabaram de criar mais um neologismo ou neo-tucanês, quando técnicos do governo mudam siglas e expressões consagradas, por novas definições que, no fundo, tem o mesmo significado. Levantei a origem da “quadratória” e acabei sabendo que o criador da nova denominação de rotatória é de um fértil secretário muito brincalhão. Pior da história é que muitos vão na “onda” ou na novidade. Aqui somos férteis em criação de novos significados para a mesma coisa. Quem não se lembra que “trailler de lanches” aqui se transformou e consagrou-se como tutis dog. Aqui ninguém fala que vai à lanchonete e sim que vai no “tutis”. Coisa exclusivamente nossa. Outro nome consagrado é um bolinho de carne grelhado, que é o maior sucesso nos bares da cidade, que aqui chamamos de “maia” ou “malha”. Tenho a impressão que o criador da palavra “maia ou malha” se inspirou no jogo de malhas, quando o praticante do esporte lança um artefato de metal geralmente preto, redondo, buscando atingir um alvo. Se formos a outras cidades e pedir “uma maia” dificilmente seremos compreendidos e atendidos. A partir de agora passamos a fazer uma “quadratória” e não rotatória. Mas não se atreva a mandar um visitante ir pela quadratória que, provavelmente, será alvo de piadas.

ILHAS



A morte de um estudante da UFU, quando saia de um dos terminais de ônibus, na avenida João Naves de Ávila em Uberlândia, revela o risco que todos nós corremos quando as administrações resolvem ocupar espaços, sem um estudo profundo da segurança dos pedestres. Incrível como é que uma cidade tão equipada como é Uberlândia abandona os pedestres nas ilhas dessas avenidas, sem nenhuma medida que proteja quem vai atravessá-las, quando querem embarcar ou desembarcar do até moderno sistema de transporte coletivo da progressista cidade. O mesmo acontece em Araguari com a invasão de estacionamentos nos canteiros centrais das avenidas que circundam a cidade. A cada reunião da Câmara, pedidos para que se criem novos estacionamentos em locais que deveriam ser protegidos, como verdadeiras reservas ambientais, numa cidade que não respeita a natureza. Os riscos, não só ambientais, como o demonstrado em Uberlândia, podem ser evitados. Por enquanto, poucas vozes na cidade se levantam contra a ocupação desordenada dos canteiros das avenidas ou mesmo essas intenções de alguns vereadores. Pedidos que buscam a atender amigos e correligionários políticos, esquecendo da grave missão de nossa geração em preservar o planeta Terra.

PENSANDO GRANDE!



O prefeito Marcos Coelho, muitas vezes, é criticado por decisões que não agradam a maioria da população. Dá-se a impressão que certas deliberações não passam por consultas profundas, na busca do interesse público, restringindo-se às opiniões de pessoas distantes de determinados assuntos. Caso exemplar é o convênio com a TV Integração, que objetiva instalar uma repetidora em HD, com a ajuda de nosso dinheiro, mesmo a emissora cobrindo praticamente toda a cidade com o sinal digital. O convênio vai mais ao encontro da necessidade do governo municipal melhorar sua imagem junto à comunidade, com espaços garantidos na programação comercial da emissora global. Por outro lado, não se pode esvaziar a importância dos movimentos que o prefeito tem feito para encontrar solução junto aos organismos fomentadores do estado em prol da recuperação da maior indústria da cidade, o Frigorífico Mataboi. O prefeito tem se desdobrado e sabe da importância da empresa para a nossa cidade, pois ali são gerados milhares de empregos e créditos importantes em impostos que se revertem ao município. Nos meios políticos, apesar de algumas críticas, a iniciativa do prefeito está sendo muito elogiada.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

SIMPLICIDADE NÃO ABRE CAMINHOS

Quanto custa a simplicidade? Custa caro e poucos a têm. No decorrer da vida, nós vamos adquirindo manias, defeitos, como roupas que vamos dependurando ou socando dentro de um armário e, de repente, estamos carregando penduricalhos, que vão aderindo ao nosso corpo, como peles de difícil remoção, escondendo nossa essência. É o caso exemplar do araguarino Rafael José que se apresentou no programa Ídolos da Rede Record, semana passada. Primeiro, a reportagem faz bonita matéria sobre o dia a dia do trabalhador, que canta para os caminhoneiros pelo radio-amador. Veja o video acima e tira suas conclusões. No palco, um sujeito simples. Desses que está se  perdendo com a chegada de novas tecnologias. No fundo um fogão de lenha fumigante, lembrando a casa de nossos avós, onde sua mãe prepara refeições que certamente serão servidas num "buteco" perdido numa dessas rodovias, no município de Araguari.  Os jurados se encantam se emocionam. Nós, do lado de cá, achavámos que o menino iria se classificar. Que nada! A simplicidade é tanta que dois deles preferem deixar Rafael para o ano que vem. Quem sabe, esperando-o perder a simplicidade. Que preço caro pagou por ser simples. A personalidade ainda não corrompida por uma sociedade exigente, que chega às lágrimas por ainda encontrar um sujeito simples, mas que não perdoa essa naturalidade. Com uma "butina" amarela nos pés, Rafael, sem medo e resignado, afirma com um meio sorriso, que o jeito é "voltar prá roça mesmo." Cristo deixou nas Escrituras que são  " Bem-aventurados os simples de coração, porque a Sabedoria Se lhes revelará! . Que Rafael volte mesmo, ano que vem, e que não perca simplicidade, que nos marcou profundamente.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

OS CEGOS DO CASTELO


O governo Anastasia, tido como correto e ético, acaba de cometer uma barbeirada. Nomeia para o cargo de vice-presidente da Minas Gerais Participações, o exemplar  ex-deputado Edmar Batista Moreira, proprietário de um castelo no interior do estado, que nunca apareceu na sua declaração de renda. Foi absolvido pelos seus pares (que pares!!!!) da Comissão de Ética da Câmara Federal e continua firme como uma das estrelas do mundo político mineiro. Sinceramente não entendo os meandros da política com p minúsculo. Anastasia e Aécio são citados como exemplos de postura correta e respeito ao dinheiro público, como também não entendo como "aprovam"  o nome de tão ilustre mineiro, dono de uma castelo inexplicável, guindando-o ao cargo de vice-presidente da MG1. E pior: no lugar do político araguarino Marlos Fernandes, que até o ano passado era o vice dessa empresa. Marlos Fernandes, fora das últimas eleições, continua prestigiado dentro do seu partido o PPS. Só que agora, o ex-vice prefeito desce a escada do poder e dão-lhe um cargo de diretor executivo da mesma MG1, da qual foi vice.

 Perda de prestígio? Na verdade, essa empresa estatal parece que foi criada para acomodar políticos e acordos distantes do interesse público. O salário de Edmar  chega aos R$11 mil e o governo mineiro já se manifestou que o "nobre" ex-deputado terá que comparecer ao "serviço". Esse país não conserta!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

LINGUIÇA DA BOA

Preparem-se. Vamos retroceder aos tempos da lingüiça caseira, ou na pior das hipóteses, ao mercado negro. Durante a semana, foram centenas de protestos pela ação da Vigilância Sanitária estadual em Araguari, que veio na base da surpresa, fiscalizar açougues e estabelecimentos congêneres. Toneladas de carnes e centenas de dúzias de ovos tiveram seus destinos selados pela exigente equipe de técnicos locais e estaduais. Galinha agora só bota ovo carimbado, com selo do Inmetro e do SIF. Haja tecnologia genética. Piadas à parte, difícil é aceitarmos mudanças. Elas virão, tenham a certeza. Hoje, não se admite mais os alimentos serem manipulados sem os cuidados necessários para preservar nossa saúde. Muitos afirmam que comem lingüiças há anos e nunca foram vítimas de alguma doença. Não podemos contar sempre com a sorte. O preparo de alimentos exige técnicas e asseio por parte de quem os fabricam. Chorar e espernear são direitos, como é direito do consumidor exigir alimentos saudáveis. Os açougues terão que aceitar regras. Faltaram diálogo e tempo para as adaptações. Ninguém consegue, em curto espaço, se adaptar às exigências da Vigilância Sanitária. São tantas e com detalhes desanimadores. O leitor pode ter a certeza que nossos comerciantes buscarão se enquadrar nas normas legais, dando mais segurança nos produtos que consumimos.

NAQUELE TEMPO...


O secretário de Administração Levi de Almeida Siqueira recebeu ofício, mês passado, da promotora de Justiça Leila Maria Corrêa de Sá e Benevides, questionando-o e impondo um prazo de 10 dias para que a informe sobre ”as providências disciplinares que foram/serão tomadas em relação ao fato das constantes manifestações dos funcionários públicos municipais de Araguari, no horário de expediente, para reivindicar reajuste salarial”. A solicitação da ilustre promotora não ganhou notoriedade e nem repercutiu. O que se sabe, na realidade, é que oficialmente, com correspondência protocolado na prefeitura, o SINTESPA, comunicou à administração Marcos Coelho as reivindicações do funcionalismo e a paralisação que aconteceu somente por um dia, com direito a cerco policial, com sirenes abertas, uma verdadeira operação de guerra, na Praça Manoel Bonito. O fato lembrou-me os velhos tempos da ditadura militar, onde era proibida qualquer manifestação. Tenho a impressão que a promotora foi provocada para questionar o secretário da Administração e cobrar-lhe punições. O direito à manifestação pacífica é uma garantia constitucional e principalmente a que aconteceu na Praça Manoel Bonito foi totalmente dentro da lei. Até o momento, somente um dia de paralisação cujo resultado sensibilizou o prefeito que resolveu dar um pequeno reajuste. O leitor mais atento pode observar, no alto do ofício, a data equivocada da confecção da peça jurídica: 21 de setembro de 2011. O que pesou no ofício foi uma única palavra que não retrata com fidelidade a situação dos funcionários públicos; constantes, que na verdade foi uma única paralisação, que não pode ser alvo de punições. Estamos em outros tempos, não àqueles das baionetas e porões escuros.

ELPENOR VELOSO DE ARAÚJO



A cidade perdeu, nesta semana, o cidadão Elpenor Veloso de Araújo. Afastado das atividades políticas, Elpenor teve grande participação nos anos 70. Foi presidente da ARENA, partido do governo e um dos últimos remanescentes da família Araújo na política local. Filho do Coronel Durico de Araújo, foi pecuarista e empreendedor, dotando a cidade do laticínio que produziu o primeiro leite pasteurizado, da marca EVA. Teve sua importância, dentro de um contexto de mudanças importantes da vida, tanto da cidade como nacional. Depois de quase meio século dominando a política local, a família foi se afastando da política. O ex-prefeito Milton Lima, ouvido pela coluna, afirmou que Elpenor foi mais empresário que político. Possuía uma visão muito a frente do seu tempo. Empreendedor que era, Elpenor foi um dos sócios do Frigorífico Mial, que tempos depois se transformou no Frigorífico Santa Lúcia. Elpenor foi casado com dona Olívia de Ávila, filha de Calimério de Ávila, outro importante araguarino, praticamente esquecido pela história. Penso que se faz necessário um resgate da nossa rica história política. Alguém se habilita?

LACINHOS COR DE ROSA



Para deixar marcado o Dia Mundial de Combate ao Câncer, quinta-feira passada, em horário nobre, uma empresa na área de saúde de Uberlândia, levou ao ar, pela TV, uma publicidade, no mínino constrangedora. No primeiro momento, mostra uma paciente entrando nessa clínica e recebendo a confirmação de diagnóstico da terrível doença que é o câncer, quase um atestado de morte, quando diagnosticada em fase tardia. Sucedem-se imagens da paciente se submetendo à quimioterapia, terapêutica indicada para pacientes portadores de câncer. A publicidade segue, mostrando equipamentos e instalações da clínica e bem na finalização do video a paciente recebe quimioterapia. E em “gran finale” ela se levanta e o comercial conclui que a paciente está curada. Nunca vi algo nesse sentido nesses anos todos. No começo gera até um mal estar. Não deve ser fácil para um paciente receber um diagnóstico desse. E levar esse assunto para a mídia, em espaço publicitário, os cuidados devem ser dobradas. O assunto até pouco tempo atrás, era tratado de forma velada. Ninguém ousava falar que “fulano” está com câncer e sim com “aquela doença”. Veja como os tempos mudam. A fita que ilustra a nota é um símbolo da luta contra o câncer. Todos nós devemos nos basear na prevenção e tenho a impressão que a clínica uberlandense se firmou nisso, para levar o assunto assustador a todos, no horário nobre da Globo. Quem se interessar em assistir o vídeo acesse: http://www.youtube.com/watch?v=DwQ-aod1R0A&feature=player_embedded .

Um voto faz a diferença



Marcão deve estar respirando aliviado. Com o pedido de licença, protocolado pelo vereador Raul José, o prefeito pode voltar a ter relativa tranqüilidade quanto às votações de seu interesse na Câmara Municipal. O partido de Aladino Costa faz parte oficialmente do governo e deve apoiar o projeto político de Marcão. Raulzinho, desde o mês de dezembro passado, tornou-se oposicionista, aumentando para 4 o número de vereadores críticos ao governo municipal. O bloco, com Raulzinho, teve vida curta, mas com imenso barulho. A CLI da saúde teve participação importante do vereador do PV, como também as discussões sobre o aumento do IPTU. Por outro lado, ainda não é público se a posse de Aladino é líquida e certa. Segundo decisão recente, o ministro Ricardo Lewandoswi decidiu pela posse de suplente de coligação e não do suplente de partido como vinha acontecendo. Por um voto de diferença, o suplente do PV José Miranda ficou abaixo de Aladino dentro da coligação Vamos Juntos (PV PT PR). Que azar de Miranda. Só um voto faltou para o Partido Verde continuar tendo representação na Câmara de Araguari. A matemática favoreceu o prefeito, mas tenho a impressão que com a deflagração do processo eleitoral, a situação deve mudar. Há um jogo de interesses que pode tirar outros vereadores da base do prefeito.

terça-feira, 5 de abril de 2011

RINDO DE QUÊ?



Circulou nos jornais locais, semana passada, foto reunindo o prefeito, o vice e o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Nárcio Rodrigues. As matérias de nossos jornais discorriam sobre as dificuldades do Frigorífico Mataboi e que o secretário Nárcio estaria interessado em encontrar uma solução para as demissões ocorridas. Pelo clima registrado pelo fotógrafo, o leitor tem a impressão que as três importante figuras não estavam discutindo situação tão grave, que deveria ser a demissão de mais 200 funcionários na mais importante empresa araguarina. O impacto do texto não coaduna com a imagem.Todos eles com amplos sorrisos destoando totalmente do clima de extrema gravidade que tomou conta da cidade. O que me chama a atenção  é o conflito gerado pelo texto e foto. Isso é muito corriqueiro em Araguari. São defeitos de comunicação que devem ser avaliados. Muitas vezes, apresentadores de rádio e TV, lêem notícias tristes com muita euforia, causando até mal estar. O texto e a foto, gerados pela Assessoria de Comunicação, são alertas para  se evitar a repetição dessa imperfeição na comunicação.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

PATRIMÔNIO



Começamos o mês de abril com a notícia do falecimento de Oabi Gebrim. Uma perda irreparável de um homem que foi exemplo em todos os setores da vida que atuou. Como médico deixou exemplos de dedicação e solidariedade na arte de curar. Pelas suas mãos milhares de araguarinos vieram ao mundo. Trouxe para a nossa cidade, nos distantes anos 50, modernas técnicas obstétricas, revolucionando o atendimento às gestantes. Como cidadão amou Araguari com todas as suas forças, mesmo não sendo filho da terra. Teve atuação política importante, chegando à Câmara dos Vereadores por duas vezes. Sempre nas minhas dúvidas sobre fatos e pessoas da cidade eu recorria aos arquivos depositados em sua memória prodigiosa. Oabi fez parte daquele grupo de homens que buscava o bem comum. Lembro-me de suas histórias a respeito da criação do Clube de Televisão em Araguari nos anos 60. Eu admirava a tenacidade não só dele como dos outros araguarinos que queriam trazer o sinal de televisão para Araguari. Bom papo e muito cordato, baseou-se no Rotary Club, tornando uma das figuras mais respeitadas da organização. Uma de suas últimas batalhas como cidadão foi a sua participação efetiva na criação da faculdade de medicina da UNIPAC, quando lutou para a implantação do curso na cidade. Sua maior herança foi o exemplo que deixou entre nós. Cumpriu sua missão como homem, pai e cidadão. Não existe patrimônio melhor que isso!

PARA REFLEXÃO

“Dê poder ou farda a um homem e descubra quem ele é.”

À MODA

Essa imagem não é das ruas de Araguari, mas retrata com precisão a nova moda adotada pela prefeitura, para tentar conter os afobadinhos, que andam em velocidades altas, colocando em risco a vida de outras pessoas. No bairro Sibipiruna, verdadeiras curvas de nível, essas usadas para contar enxurradas nas fazendas, apareceram há duas semanas, iguais às da foto acima, numa rua praticamente deserta. Não acredito que seja a melhor solução. Se aplicassem as leis e com fiscalizações constantes não haveria necessidade de usar o expediente dos quebra-molas. Os motoristas que cumprem as regras acabam “pagando o pato”. É a solução à moda da casa. Um desrespeito sem tamanho tanto de nossas autoridades como dos cidadãos, que deveriam respeitar as regras de circulação. Na cidade, o que vem sendo feito errado há anos, torna-se lei. Num desenredo desastrado, Marcos Alvim bem que tentou criar a guarda municipal, que foi abortada pelas ilegalidades constatadas. Com um grande número de automóveis circulando pela cidade, vê-se que nossas autoridades fazem vistas grossas e preferem multiplicar os quebra-molas, esse invenção estúpida, digna de povos bárbaros. Veja o exemplo do que acontece também no bairro Sibipiruna: um semáforo e poucos metros abaixo um quebra-mola, mais alguns metros e outro quebra-molas. Isso é um exemplo gritante da situação desorientada que se encontra o trânsito da cidade. É uma guerra urbana não declarada que a prefeitura quer combater  com quebra-molas. Educação e fiscalização talvez desconstruiria esse motorista selvagem que habita em alguns cidadãos.
NEM TÃO IGUAIS!

Situação complicada criada pelo governo Marcos Coelho na tentativa de dar ânimo aos seus servidores, que estão sem aumento há anos e muito menos sem reposição das perdas salariais provocadas pela inflação. Segundo a Imprensa local, todos os funcionários públicos deverão receber em maio um aumento de 5%. Menos os médicos do Programa de Saúde da Família que terão um reajuste quatro vezes maior: 20%. A notícia abateu os ânimos dos demais funcionários que não cursaram medicina e causou certos descontentamentos. Profissionais de nível superior principalmente se sentiram desprestigiados pela administração pelo tratamento diferenciado. Hoje, com a escassez de médicos, as administrações municipais de todo o país têm procurado pagar salários mais atrativos para os profissionais médicos em detrimento de outras carreiras da mesma área. Concluindo: nem todos são iguais perante a lei.

Rádio Araguari na WEB

Finalmente, a tradicional emissora da cidade, a Rádio Araguari, se conecta com mundo. A partir de agora, o ouvinte pode se inteirar das noticias da cidade em todo o planeta, através da internet. Pertencente à Rede Vitoriosa de Rádio, a emissora é a líder em audiência em Araguari e também das demais emissoras da rede Vitoriosa de Rádio. Mesmo possuindo uma ampla área de cobertura, a internet projeta ainda mais esse importante instrumento de mídia da cidade. A pioneira em transmissão pela internet são as rádios Onda Viva e Mais FM que estão a mais tempo na web, com a possibilidade do internauta acompanhar o que acontece nos estúdios através de uma câmera instalada no estúdio. Excelente para o araguarino que reside em outros locais distantes.

IMBROGLIO



Uma tentativa de se fazer economia no governo municipal se revelou um desastre. Uma grande dor de cabeça para a administração Marcos Coelho. Até no final do governo Alvim, os tratamentos fora de domicilio (TFD) eram coordenados pela Secretaria de Saúde de maneira diferente, desde o acolhimento do paciente e acompanhante, na porta de sua casa, levando-os até os locais de tratamento. Na realidade, era um gasto enorme com veículo (combustível, manutenção), motoristas e centenas de horas extras, refeições e até diárias em hotéis. Os motoristas da Secretaria de Saúde, normalmente, eram os responsáveis pela administração da verba. Sacavam o adiantamento para viagens e recolhiam todas as notas e comprovantes, para posterior acerto, dentro das regras estabelecidas. Com a mudança de governo, achou-se melhor que quando o paciente tinha condição de locomoção, o mesmo deveria utilizar-se do transporte público, os ônibus de carreira. Só que lidar com centenas de pacientes, com diferentes níveis de entendimento, e não muito cientes das regras de manipulação de dinheiro público, criou-se um problema para o prefeito Marcos Coelho. O processo adotado pelo governo passado, muito mais oneroso para os cofres públicos, mostrou mais eficaz no momento de prestar contas e liquidação de cada viagem. O método agora adotado é recheado de boas intenções, mas não podemos nos ater somente na finalidade. O dinheiro público necessita de dados concretos, com movimentos perfeitos, para não gerar qualquer suspeita. Muitos dos pacientes que viajaram com recursos públicos deixaram de prestar contas ou apresentar comprovantes de despesas. O fato criou um rombo de R$53 mil que precisa de comprovação para evitar até um pedido de cassação do prefeito. Os vereadores da comissão fizeram a lição de casa. A principal função deles é fiscalização. Resta agora à Secretaria de Saúde correr atrás do prejuízo e provar que não houve a intenção de lesar os cofres públicos. Tarefa difícil no atual momento.