Depende do ponto que estamos vislumbramos imagens com visões e ângulos diferentes. O governo Marcos Coelho passa por um processo que me faz lembrar ao mandato do ex-prefeito Mãe Preta. O grande diferencial é que Coelho governa sem oposição das chamadas forças vivas (clubes de serviços, associações de classe). As emissoras de rádio, durante o governo Vanderlei Inácio, aos poucos, foram se acomodando e acertando seus interesses com o então governo contrário ao grupo dominante comandado por Raul Belém, mas não conseguiu calar as entidades até o último dia de mandato. Esse clima de extremo divisionismo não está atrapalhando somente o governo municipal. Cria-se um clima de inconformismo tão prejudicial que pode ser corrigido. Basta ao prefeito examinar as ações que criam esses espinhos, essas notícias mal colocadas aliadas a muitos projetos paralisados. Marcos Alvim, nesse aspecto, era mais habilidoso. Governou durante oito anos com grande parte da Imprensa sob seu controle e isso foi um dos motivos que o levou a deixar uma herança complicada que Coelho não consegue destrinchar. Conseguir cem por cento de concordância é impossível. O que não podemos é continuar com esses debates estéreis que não levam a lugar a nenhum. Alguns analistas avaliam que falta ao atual governo maior abertura nas discussões do que é bom ou ruim para Araguari. Hoje temos a tranqüilidade de afirmar que nossa cidade alcançou grande independência econômica, graças à atuação de nossa classe empresarial. Quem venha agora a paz política. Esses embates entre grupos que pensam diferente têm prejudicado Araguari. Uma guerra eloqüente de forças contrárias tem segurado um melhor direcionamento de nossos horizontes. Acompanho, há anos, a capacidade que Marcão tem para o diálogo. Sempre foi de ouvir muito e respeitar diferenças. De repente, no governo, o prefeito se transforma e tem conversado pouco com as chamadas forças comunitárias, ouvindo mais o grupo que lhe rodeia, que pode não estar lhe indicando o melhor caminho. Fonte do palácio me assegura que hoje nem os assessores mais próximos conseguem serem ouvidos pelo prefeito. Será que Marcão perdeu a capacidade de ouvir? O governo tem pontos positivos que não estão sobrepujando a quantidade de notícias negativas. Defeito na política de comunicação ou na postura de diálogo? Ou ambos?
DE VOLTA AO PASSADO?
Neste domingo, o Fluminense volta, em grande estilo, à era dos grandes clássicos do Triângulo Mineiro. Uberlândia, Uberaba Ituiutaba deverão devolver ao público grandes “embates” que as gerações mais antigas lembram com saudade. Um dos mais aguardados é justamente jogo de domingo entre o arqui-rival Uberlândia Esporte. O Estádio Sebastião César deverá receber um público respeitável, que muitos analistas avaliam que será pequeno frente ao evento. A teimosia de José Antônio César da Silva, presidente do tricolor, é um dos principais fatores da volta do Fluminense ao seu status. Batalhou muito, ao lado de muitos diretores e torcedores apaixonados, para conseguir garantia financeira, quando finalmente o BMG assinou contrato com a equipe. Na verdade, não é uma volta ao passado no sentido literal e sim o recomeço de uma caminhada rumo à divisão especial do futebol mineiro. Sucesso ao tricolor!
Nenhum comentário:
Postar um comentário