sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

INTEGRAÇÃO COM NOSSO DINHEIRO



Causou estranheza a notícia sobre possível doação de R$200 mil para a Rede Integração instalar em Araguari um transmissor em HD (high definition). Repercutiu negativamente nos meios políticos, comunitários e nas cabeças pensantes na terra de Geraldo França de Lima. O episódio merece alguns questionamentos: Será que é válido esse investimento numa empresa privada com dinheiro público? Não seria um precedente perigoso, abrindo possibilidades para outros veículos de comunicação solicitar ajuda semelhante? Afinal temos mais três emissoras de televisão na região que certamente recorrerão à prefeitura para montar em Araguari seus equipamentos em HD, caso a Câmara Municipal aprove o projeto e a lei deve ser igual para todos. O episódio demonstra que existe até boa vontade da administração em dotar a comunidade de equipamentos de última geração, buscando trazer qualidade de vida, já que nem cinema temos mais. A Rede Integração, umas das mais bem equipadas emissoras do país, retransmite os sinais da Globo numa extensa região de Minas. Porque ela mesma não banca todo o investimento ou aumenta a potência de seu transmissor em Uberlândia? Pergunte ao prefeito Odelmo se ele investiu nos equipamentos das TVs de Uberlândia. Continuamos com nossa perigosa subserviência.
SINAL EM HD
Hoje, praticamente a cidade inteira recebe o sinal em HD, tanto da TV Integração (canal 8-1) como da TV Paranaíba (canal 10-1). Somente a região central da cidade não é atingida de forma satisfatório com o sinal digital, devido às características do relevo. A solução para atingir esse setor é fácil. Basta as emissoras de Uberlândia aumentar a potência de seus equipamentos e o cidadão local interessado dotar sua residência de boa antena e assessorado por um técnico experiente, para assistir essa maravilha que é a TV digital. Lutamos há anos com o desinteresse das emissoras de TV de Uberlândia. Somente há alguns anos atrás, elas colocaram repetidoras na cidade, depois de longa espera com a população sofrendo com a baixa qualidade do sinal vindo da progressista cidade. Quem não se lembra quando Fausto Fernandes de Melo dotou a cidade da primeira FM. O sinal da rádio, muito forte, interferia nas televisões da região central, causando indignação dos moradores. Nem assim motivou os empresários uberlandenses proporcionar a cidade com repetidoras. Resumindo: eles não dão importância ao mercado araguarino.
MAMOGRAFIA-TOUR
Depois da confusão armada em torno do mamógrafo que funcionava dentro do Pronto Socorro e posteriormente o local interditado pela Vigilância Sanitária, surge um questionamento que deveria ser avaliado pela Secretaria de Saúde. Hoje, a mulher que necessita de um exame mamográfico enfrenta uma espera que beira aos três meses. Primeiro, o médico da rede pública solicita o exame. O paciente leva o pedido à Secretaria de Saúde que posteriormente o envia para Uberlândia. Na vizinha cidade, o pedido fica aguardando a boa vontade da Gerencia Regional de Saúde de Uberlândia. Se a paciente necessitar de exames emergenciais terá que recorrer à rede privada. A qualidade de vida do cidadão passa por esses processos burocráticos desnecessários, tropeçando na espera de inauguração da nova policlínica que ninguém sabe quando. As salas que abrigam esses equipamentos são obrigadas a receber tratamento especial em suas paredes, para evitar danos à saúde. O mais interessante da história é que o Pronto Socorro abriga equipamentos que emitem radiação há vários anos e ninguém se atentou para o fato dos funcionários e pacientes estarem sendo submetidos a ondas extremamente prejudiciais à saúde, sem proteção adequada. Isso causa ao prefeito um desgaste que ele não imagina o tamanho. O grande espanto é que temos o aparelho, relativamente novo. Isso é evitável? Resposta curta e grossa: SIM!
CREDIBILIDADE
Desde o começo da década de 70 participo de alguma forma dos meios de comunicação tanto local como regional. Os profissionais dessa área se esforçam ao máximo para levar à audiência o fruto de seus trabalhos de pesquisas jornalísticas e aperfeiçoamento de suas técnicas. Sempre existiu uma guerra surda, de bastidores, mas nada que levasse a esse estranho clima entre os profissionais da cidade. Infelizmente partiu-se para a guerra ideológica, parecido com torcidas de futebol. Esse clima se restringe a dois órgãos de comunicação. Um declaradamente contrário ao governo municipal e o outro extremamente favorável. Todo órgão de comunicação tem uma política ou um ideário. Uns nascem para defender idéias, outros buscam o sucesso financeiro como qualquer empresa séria. A questão mais importante que avalio é a credibilidade. Sem ela não vamos a lugar nenhum e o que falamos ou escrevemos não é levado a sério. Coerência é muito importante para a construção dessa credibilidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário