quarta-feira, 15 de junho de 2011

EU TENHO A FORÇA


A Caixa Econômica Federal divulgou nos jornais, semana passada, uma relação de 155 pessoas que apresentaram problemas no cadastro para se habilitarem a financiamento habitacional do programa "Minha Casa, Minha Vida", o xodó do prefeito Marcos Coelho. Para o leitor mais analítico é até assustador o número de mulheres que se candidataram a um imóvel no Residencial Portal de Fátima. Dos cadastros irregulares, são 137 mulheres que, a grosso modo, podemos considerar chefes de família, contra 18 homens.      Não se pode afirmar que é característico as mulheres apresentarem problemas cadastrais. A leitura é outra. Aquele modelo tradicional, quando o homem era considerado até pela lei como o chefe da família, caiu por terra. Hoje são as mulheres as principais referências familiares. Com a desagregação familiar, a função de chefe e cabeça do casal hoje, na maioria das vezes, é atribuída à mulher. O homem vai perdendo a importância nesse contexto e é prova inconteste das mudanças rápidas sofridas, quando a mulher passou a fazer parte da força de trabalho e na sua luta de busca de igualdade com o homem. Os tempos são outros e ainda precisamos de leis, como a Maria da Penha, para mostrar aos mais endurecidos, que o poder hoje é uma divisão, nem tanto ao meio. No fundo, com essas mudanças, o casal deve buscar e formar  parcerias. Não se admite mais a predominância masculina e a última palavra nem sempre é a do macho. Aos poucos, a mulher vai assumindo importantes posições. É o caso da presidente Dilma Roussef, mesmo sendo afilhada política de Lula, ao assumir o poder deu nova dimensão ao cargo e vem demonstrando independência na maioria de suas decisões. Ao homem resta ter a sensibilidade de aceitar essas mudanças e os dois caminharem lado a lado, na construção de uma nova sociedade.

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