segunda-feira, 20 de abril de 2009



Depois de perder o acesso ao blog, hoje finalmente consegui acessá-lo novamente e com direito a incluir meus pensamentos. Esse agora, um tanto material e suculento. Assar uma costela na brasa exige do churrasqueiro uma paciência sem fim. Primeiro: comprar uma bela costela. Coisa difícil por aqui, pois não estamos acostumados a fazê-la à moda gaúcha. Aqui o máximo que fazemos com costela é cozinhá-la na pressão. Levei a banda de costela para o freezer, buscando inspiração e procurando ânimo para botá-la no carvão. No sábado, o tempero tradicional, ao gosto do mineiro. Domingo, 05:30, acendo as brasas, costela acondicionada num verdadeiro pacote de folhas de alumínio. Deixo-a bem alta, como as recomendações lidas e ouvidas. E lá, a costela vai cozinhando devagar, se preparando para ser devorada mais tarde. Sério, coloquei carvão umas 4 vezes. Não é que você tenha que ficar de plantão em frente à churrasqueira, mas exige uma dedicação especial. Dedicação essa para agradar aos amigos, tratá-los com carinho e atenção e uma costela no ponto. Penso comigo mesmo: nem todo amigo tem amigo que asse uma costela. Como afirmei acima: dá trabalho e exige dedicação. A amizade também. Fazer amigos não é fácil. Conservá-los mais difícil ainda. Somos, às vezes, relapsos. Esquecemos aniversários, não damos retorno à telefonemas e vamos nos distanciando. Essa analogia com a costela mostra bem o carinho e a atenção que devemos ter com as pessoas que temos afeto. Nada com pressa. Tudo no seu tempo. Então, quando você for convidado para comer uma costela, pense bem! Deve ser alguém que goste muito de você!

Um comentário:

  1. Ronaldo, parabéns pelas belas palavras tecendo o paralelo entre como fazer o assado de Costela e de como manter uma amizade.
    Este assado eu e minha família compartilhamos com você ao lado também de seus familiares.
    Em pequenos gestos, não menos importantes, mostramos a nossa amizade...
    Do seu amigo
    Sebastião

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